Há cerca de dois meses funciona na cidade São Paulo, ainda em caráter experimental, um serviço de táxi com o uso de veículos elétricos. Tímido, o projeto piloto de táxis elétricos conta com apenas dois Nissans Leaf. O projeto é uma parceria entre a prefeitura de São Paulo, a aliança Renault-Nissan, a AES Eletropaulo e a Associação das Empresas de Táxi de Frota do Município de São Paulo (Adetax). No início de outubro, o projeto chegará à segunda etapa, quando mais oito unidades do Leaf serão incorporadas à frota, totalizando 10 veículos 100% elétricos.
O ponto escolhido para reunir os veículos fica no cruzamento da Avenida Paulista com a Rua da Consolação. Qualquer pessoa pode usar o táxi elétrico, que tem a mesma tarifa dos modelos convencionais, desde que o itinerário não ultrapasse o mini Anel Viário de São Paulo. Segundo Marcelo Cardinale Branco, secretário municipal de transportes, por enquanto esses táxis terão a circulação restrita à cidade para que haja um acompanhamento mais adequado, já que o serviço de recarga rápida ainda não é oferecido por lá.
Além da entrada de mais oito carros elétricos, a segunda fase do projeto prevê a instalação de uma rede de recarga em sete pontos da cidade, onde um veículo poderá ter as baterias recarregadas em oito horas. Outros cinco equipamentos de carga rápida, com capacidade de alimentar 80% da bateria de íons de lítio em 30 minutos, serão instalados pela Eletropaulo em concessionárias Nissan, proporcionando um abastecimento mais rápido. Nessa primeira fase, os veículos, com autonomia de 160 quilômetros, estão sendo abastecidos nas garagens da própria empresa.
TREINAMENTO
Para conhecer melhor a tecnologia e as particularidades de um veículo elétrico, os motoristas receberam um treinamento, realizado pela Nissan e pela Secretaria Municipal de Transportes. Os coordenadores do programa consideram que as impressões colhidas com esses motoristas profissionais, “que entendem as demandas da mobilidade urbana diária na cidade de São Paulo”, poderão contribuir muito com o estudo. Também está prevista a formação de um grupo técnico, com representantes dos órgãos participantes, para acompanhar o programa e avaliar o consumo de energia, a autonomia, o desempenho dos veículos e as condições de abastecimento.
Segundo a prefeitura de São Paulo, além do benefício do uso de uma energia limpa, a adoção de um veículo elétrico proporciona grande redução nos custos de reabastecimento. De acordo com dados fornecidos pelo município de São Paulo, para rodar 160 quilômetros (a autonomia média do Leaf) o motorista precisa desembolsar R$ 33,70 usando etanol, R$ 39,25 com gasolina e R$ 7,11 com energia elétrica.