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Na Semana Nacional do Trânsito, a BHTrans e os órgãos de trânsito tentam conscientizar motoristas e passageiros dos riscos enfrentados por quem senta no banco traseiro. Nesta sexta-feira, na Praça da Savassi, ponto de encontro da juventude de BH, durante lançamento da campanha, artistas desfilaram num cortejo tendo como temática o trânsito e seus problemas. Cada ala da escola de samba representava um elemento de segurança – ou insegurança. Do perigoso cerol ao capacete, indispensável para motoqueiros e ciclistas, e, ainda, celular, cerveja e pneu careca. Todos estiveram presentes.
Mas o carro-chefe da campanha é a necessidade do uso de equipamentos de segurança no banco traseiro. “Além de diminuir a taxa de mortalidade em acidentes, o cinto de segurança reduz a severidade das lesões sofridas pelos ocupantes do veículo em uma colisão”, diz Alfredo Peres, diretor do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran).
Pesquisa mostra que no banco da frente, desde a entrada em vigor da lei que obriga o uso do equipamento, a “moda” pegou e colocar o cinto se tornou rotina. Seja pelo risco da punição, seja pelo sentimento de segurança, nove em cada 10 pessoas usam o cinto. Mas quem anda no banco traseiro não tem o mesmo costume. Só 10% usam com frequência, enquanto o restante fica vulnerável. “É preciso consciência que o risco de uma colisão também tem reflexo nos passageiros”, diz o gerente de Educação para o trânsito da BHTrans, César Teixeira Lopes.
O uso da cadeirinha para crianças também será destacado na campanha. Equipamento obrigatório nos carros, o objeto pode evitar tragédias com bebês e crianças. “Coloque seu anjinho na cadeirinha”, destacaram os atores na encenação. E ressaltaram: “Não basta rezar”. Segundo Lopes, desde a obrigatoriedade do uso do equipamento, pais têm se mostrado atentos e comprado a cadeirinha, mas a fiscalização está nas ruas para punir os infratores.
Vale-night
A campanha segue durante toda a semana em BH e no interior. Na capital, a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), apoia o evento e serão feitas rondas noturnas em bares e casas noturnas com o sorteio de vales para táxis. Os ganhadores poderão usar o benefício para ir e voltar para casa da balada de táxi.
Segundo o vice-presidente da CDL-BH, Marcelo de Souza e Silva, a proposta é conscientizar os jovens sobre os riscos da mistura álcool e direção. “Jovens tem um ímpeto de liberdade ao tirar a carteira, mas esquecem dos perigos”, diz.
Mas na Semana Nacional do Trânsito, policiais militares, que deveriam dar o bom exemplo, simplesmente ignoram as leis de trânsito.