A Alfa Romeo é uma das marcas italianas que mais preza a sua tradição. O que fica claro no novíssima Giulietta, hatch médio que substitui o 147 lançado no longínquo ano de 2000. A denominação escolhida resgata o nome de um dos mais emblemáticos modelos da Alfa, lançado originalmente em 1954 e que marcou época pela combinação de desenho atraente, esportividade e preço acessível. Inicialmente, o novo médio seria chamado de Milano, cidade sede do fabricante, mas a crise chegou e as operações no local serão fechadas ? a fabricação será em Turim ? o que criou protestos dos operários. O novo Giulietta segue à risca o atual estilo da marca, inaugurado pelo superesportivo 8C Competizione. E, quando for lançado oficialmente, no Salão de Genebra em março de 2010, promete marcar o centenário da Alfa, que pertence ao grupo Fiat.
Design para tal ele tem. A face do hatch é dominada por elementos triangulares que replicam o formato gracioso do "cuore", o coração representado pela grade. Além da grelha, o formato dá o contorno aos faróis principais ? com uma fileira de LEDs como luzes diurnas ? e aos de neblina. Baseado sobre o Fiat Bravo, o Giulietta tem linhas bem proporcionadas. Da dianteira partem frisos que percorrem sinuosamente as laterais.
No perfil se destacam os frisos cromados que emolduram a pequena área envidraçada em formato de gota e as maçanetas traseiras embutidas nas colunas, como no belíssimo 156 de 1997, que vendeu mais de 680 mil exemplares e representou o renascimento da marca do "cuore". A traseira exibe lanternas horizontais rasgadas com iluminação por LEDs. O parentesco com o 8C fica claro também no para-choque traseiro, que exibe orgulhosamente um defletor. A assinatura da bela carroceria, que conta também com partes em alumínio, é do próprio Centro de Estilo da Alfa.
Como não só de estilo se faz um Alfa Romeo, a marca irá oferecer uma ampla gama de motorizações. A começar pelo 1.4 turbo, o mesmo motor que equipa os Fiat Linea e Punto T-Jet, em variantes de 121 cv e de 172 cv, este equipado com o sistema MultiAir de gerenciamento de ar, que permite maior economia e desempenho com menores consumos e emissões. Na contramão da tradição, mas como prova do alinhamento com as preferências europeias, também estão disponíveis dois propulsores turbodiesel: 1.6 de 106 cv e 2.0 de 172 cv.
Mas ainda será revelada uma versão ainda mais atraente. Denominada Quadrifoglio Verde, o modelo seguirá a linha do trevo de quatro folhas e será denominado como 1750 TBi, outra referência ao passado do fabricante. Sem revelar as especificações do motor, sabe-se apenas que a potência será de 238 cv, o suficiente para qualquer entusiasta.
O DNA da casa de Milão também está ligado, de maneira indissociável, ao comportamento afinado. De acordo com a Alfa, o bom comportamento será garantido pela eletrônica. Será possível optar por três modos de ajuste ? dinâmico, normal e chuva ? dos parâmetros da direção, do motor e do diferencial dianteiro com controle eletrônico. O modelo conta com salvaguardas como controles eletrônicos de tração e de estabilidade.
Embora ainda não tenham sido divulgadas fotos mais reveladoras do interior, o carro deve acomodar bem quatro passageiros e um quinto eventual ? o assento central ressaltado não é tão convidativo. As medidas se enquadram na média dos hatches médios de nova geração, com 4,35 metros de comprimento, 2,63 m de entre-eixos, 1,80 m de largura e apenas 1,46 m de altura. O porta-malas acomoda bons 350 litros. Entre os equipamentos se destacam o ar-condicionado com duas zonas de ajuste, os bancos envolventes em couro, revestimentos do painel e console em alumínio e o teto solar duplo. Tudo para tornar o Giulietta a nova ?namoradinha italiana? quando começarem as vendas no primeiro semestre de 2010, como foi um dia o seu antepassado.