A Peugeot aproveita o Salão de Genebra para apresentar o Peugeot 208. Junto com o Dacia Lodgy, o modelo compacto é uma das estrelas que tem naturalização confirmada pela marca. A fabricação nacional começa em 2013 em Porto Real, Rio de Janeiro. O novo brasileirinho promete acabar com o engodo do 207 nacional, versão atualizada do 206, com nova frente para emular o modelo homônimo europeu, ainda que tenha chances do atual compacto nacional ficar em linha como opção mais barata ao 208. Em matéria de estilo, o 208 se vale da nova linguagem visual do fabricante, introduzida pelo conceito SR1, mas que já está em produção modelos como o 508. Os faróis continuam espichados, ladeando o bocão de cantos mais retos. As laterais tem vincos bem demarcados, suavizados na parte superior. As lanternas inovam com o formato bumerangue, ao estilo dos conceitos do fabricante.
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Embora esteja sendo lançado oficialmente no evento, que abre as portas amanhã ao público, o 208 já é produzido desde janeiro na fábrica francesa de Poissy. Já tem até preço, tabela e configurador. Falando em valores, o compacto parte lá fora de 11.950 euros na versão 1.0 VTi. Mas por aqui o carro fará dupla com a segunda geração do Citroën C3. Ambos foram escalados para buscar a liderança entre os chamados compactos premium, filão que continua a ser o mais importante aos olhos da PSA Peugeot-Citroën. Só que o companheiro da Citroën passará por modificações em relação ao europeu. Além do motor 1.6 TU no lugar dos mais modernos Prince (aqueles produzidos em conjunto com a BMW), o C3 vai ganhar o mesmo painel do C3 Picasso, entre outras simplificações, que também podem atingir o 208.
Em relação ao 207 europeu, o 208 diminuiu um pouco em comprimento. São 3,96 metros contra 4,03 m, corte também sentido na altura, que passou de 1,41 m face o 1,47 m de antes, o que indica um carro com menos jeito de minivan, tendência que o 207 havia imitado dos maiores 307 e 308. A largura, por sua vez, foi ampliada de 1,74 m para 1,83 m. Já o entre-eixos ficou nos mesmos 2,54 m. No Brasil, as mudanças de gabarito serão mais sentidas em razão da ampla defasagem, já que o projeto original do 206 é de 1998. Face o 207 Brasil, o comprimento é de apenas 3,87 m (9 centímetros a menos) e o entre-eixos marca exíguos 2,44 m.
PIMENTA DE SÉRIE O 208 investe em novas tecnologias para conseguir ficar em torno da marca de 100 g/km de CO², garantia de vantagens fiscais, além de escapar de possíveis multas ambientais aplicada pelas autoridades europeias. Só que isso não significa que o leão teve suas garras aparadas. Ao lado das versões de produção, a marca do leão também exibiu dois conceitos. O mais interessante recupera a clássica sigla GTi, que fez a felicidade de entusiastas nos pequenos Peugeot europeus, linhagem iniciada no vivaz 205. O hot hatch conceito toma emprestado o 1.6 16V turbo de 200cv e se vale de um câmbio manual de seis marchas, além de decoração esportiva com direito a conjunto aerodinâmico e rodas maiores. O segundo estudo é o 208 XY, que tem pintura cuja tonalidade varia de acordo com a luminosidade.
A outra grande novidade da marca francesa para o Salão da vizinha Suíça é o crossover 4008. Esse, na verdade, até parece familiar quando visto de outros ângulos que não a dianteira. A sensação tem sua razão de ser: trata-se de mais um utilitário feito sobre a base de um Mitsubishi, no caso o ASX. Chega incomodamente junto com a terceira geração do modelo que lhe deu a base original, o Outlander, do qual o ASX é derivado.