O novo Corvette foi a grande sensação do Salão de Detroit, em janeiro, quando foi apresentado pela primeira vez ao ansioso público norte-americano, que considera o esportivo um verdadeiro ícone da cultura automotiva daquele país. Completamente renovado %u2013 em estilo, tecnologia, mecânica e desempenho %u2013, o modelo volta em grande estilo, retomando o sobrenome Stingray, da segunda geração. O superesportivo começa a ser vendido no segundo semestre nos Estados Unidos e, infelizmente, não tem previsão de venda oficial no Brasil.
As linhas do novo superesportivo, chamado C7, pouco lembram as do modelo anterior. O novo Corvette tem um ar mais europeu, com vincos mais pronunciados. Na frente, os faróis ficaram mais espichados e ganharam luzes diurnas de LED; o ressalto central do capô do motor é mais elevado; e a tomada de ar parece uma boca sorrindo. De perfil, o novo Vette (como é carinhosamente chamado pelos americanos) até parece um japonês, com a linha de cintura ascendente e formas bem alongadas, enfatizadas pela inexpressiva coluna B. As rodas continuam deixando à mostra as poderosas pinças de freio, pintadas de vermelho. Mas é na traseira que ele se parece mais com o Stingray. Destaque para os quatro tubos de escape centrais e para as lanternas, claramente inspiradas nas do Camaro.
DIETA Além das formas, o esportivo tem tecnologia no uso de materiais mais leves para reduzir o peso total. O teto e o capô do motor são feitos de fibra de carbono. Parte do chassi do C6 foi aproveitada para a montagem de várias partes em alumínio. O túnel central foi resenhado para melhorar a rigidez torcional. Segundo a General Motors, a nova estrutura é 57% mais rígida e 99 quilos mais leve. O %u201Cregime%u201D para perder peso atingiu também a suspensão, que ganhou novos braços em alumínio, que têm também o objetivo de possibilitar um ajuste mais fino da suspensão. O carro usa amortecedores (magnetoreológicos), que se adaptam às diversas condições de piso.
Por dentro, a primeira coisa que chama a atenção no novo modelo é a divisão bem marcada dos espaços do motorista, que fica num verdadeiro cockpit; e do passageiro, que também é bem tratado. Com a introdução do freio de estacionamento elétrico, os designers ganharam mais espaço no console. O acabamento interno de couro continua no mesmo padrão dos Corvettes. Com moldura de fibra de carbono, o painel traz o conta-giros em destaque no centro, como convém a um esportivo dessa categoria. O volante é menor do que o do C6. O comprador pode escolher entre bancos mais confortáveis ou mais esportivos. Destaque também para a tela do tipo touchscreen de oito polegadas, que exibe informações do GPS e do sistema multimídia.
Debaixo do capô, o novo Corvette tem motor V8 6.2, aspirado, que desenvolve 456cv de potência e 61,9kgfm de torque. O câmbio pode ser automático, de seis marchas; ou manual, de sete velocidades. As mudanças manuais podem ser feitas também por pequenas alavancas junto ao volante. A aceleração até 100km/h é feita em menos de quatro segundos. Mas tudo com pouca sede, pois o superesportivo tem um sistema de desativação de cilindros quando o motorista não está exigindo muito do motor. O V8 pode ser usado como um V4, dependendo da situação. Para parar todo esse apetite, o sistema de freio foi redimensionado, com pistãos e discos maiores. A direção tem assistência elétrica e pode ser regulada para diversas situações (chuva, neve, passeio, esporte etc.). Os sistemas de controle de tração e estabilidade corrigem os possíveis e prováveis erros do motorista.