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Novidades - Voltando na surdina

A fabricante japonesa Suzuki volta a comercializar seus modelos no Brasil no segundo semestre. O grupo do empresário Souza Ramos será o responsável pela marca no país

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O Grand Vitara (abaixo em azul) e XL7 (acima) estão em testes no interior paulista

A Suzuki está fora do mercado nacional desde 2003, época em que o real estava muito desvalorizado em relação ao dólar, o que motivou a saída do fabricante do país. Mas a economia mudou e o real diminuiu a desvalorização diante da moeda americana, favorecendo novamente as importações. Aproveitando o momento, o fabricante japonês ensaia sua volta ao mercado brasileiro pelas mãos do Grupo Eduardo Souza Ramos, que tem licença para fabricar modelos Mitsubishi no Brasil. Porém, especula-se que o fabricante nipônico, impressionado com os bons resultados da Mitsubishi no mercado nacional, não renovará a licença do grupo, assumindo o comando da fábrica.

SX4 (vermelho) é uma das apostas do fabricante nipônico


E, para não ficar de fora do mercado, uma das alternativas do Grupo Souza Ramos seria a Suzuki. A direção da empresa não confirma a transação com a Suzuki e afirma que ainda é representante da Mitsubishi no país. O Estado de Minas consultou a empresa J Toledo Suzuki Motos do Brasil, que informou que, por não ter nenhum vínculo com a Suzuki Carros, não sabe nada a respeito de uma possível volta da marca. Em janeiro, a imprensa especializada já havia anunciado o retorno da Suzuki ao país, por meio da SVB Automotores do Brasil Ltda., também do grupo de Eduardo Souza Ramos. Porém, as placas dos modelos em testes revelam a ligação com o grupo, uma vez que todos usam a idenficação de testes da unidade do fabricante instalada em Catalão (GO). No momento são testados no interior paulista os modelos Grand Vitara, SX4 e o XL7, além do hatch Swift.

SX4
O utilitário-esportivo compacto foi desenvolvido em parceria pela Suzuki e a Fiat, sendo lançado em 2006. O jipinho conta com opção de sistema de tração integral ou dianteira. O fabricante oferece três versões de motorização, uma delas a diesel, a 1.9 DdiS. Esse propulsor, que rende 120cv e 28,5 kgfm a 2.000 rpm, está disponível com câmbio manual de seis marchas. Os motores a gasolina são o 1.4, de 99 cv, e o 1.6, de 107 cv. O modelo tem 4,1 m de comprimento, 1,7 m de largura e altura de 1,5 m.

XL7
Inicialmente, o modelo era uma versão alongada do antigo Grand Vitara, mas no Salão de Nova York de 2006 assumiu nova identidade, quando foi lançada a segunda geração. Tem capacidade para sete ocupantes, mas há também uma versão com cinco lugares. A carroceria é monobloco, com suspensão traseira independente e tração dianteira ou integral. O motor V6 de 3,6 litros é projeto da General Motors, com potência de 250 cv e torque de 33,6 kgfm. O XL7 vem ainda com câmbio automático de cinco marchas, nivelamento automático da suspensão traseira, terceira fila de bancos que se rebate em assoalho plano, controle de estabilidade de série e DVD para o banco traseiro como opcional.

Grand Vitara
A unidade testada pelo grupo Souza Ramos é a última geração do jipe. Se vier mesmo, poderá provocar um problema mercadológico com a General Motors, uma vez que a marca norte-americana tem parceria com a Suzuki na Argentina. Pelo acordo operacional, a planta da GM em Rosário monta o Grand Vitara e o manda para o Brasil com o nome de Tracker, com a gravatinha da Chevrolet na grade central. O motor mais vigoroso é um V6 2.7 24V, de 185 cv. Na Europa, há ainda as opções: 1.6, de 106 cv; e 2.0 16V, de 128 cv, ambas a gasolina. E a turbodiesel 1.9, de 129 cv.