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Mercedes-Benz Shooting Brake: À caça de famílias

A marca alemã apresentou recentemente na Inglaterra o modelo de produção da station que vem sendo badalada desde que foi mostrada como conceito no Salão de Paris de 2008

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Foto:

Weybridge - Inglaterra (*)


Shooting brake era como os ingleses chamavam as versões peruas (ou “station-wagon”, ou camionete, ou “estate”) dos automóveis com carroceria preparada para carregar as armas, munições e cachorros de caçadores. Modelos esportivos famosos nas décadas de 1960 e 1970, como Aston Martin, Scimitar e Volvo também denominaram assim suas peruas.

A Mercedes-Benz não deixou por menos e apresentou sua “shooting brake”, modelo perua do cupê CLS, no antigo

Teto arqueado, com acentuada descaída na traseira, enfatiza aspecto aerodinâmico

autódromo de Brooklands, na Inglaterra, em fins de junho. A marca inova mais uma vez, pois o próprio CLS, apresentado inicialmente em 2004, inaugurou o segmento dos cupês de quatro portas, e foi fartamente copiado por várias outras fábricas, inclusive pela Volkswagen com o Passat CC.

O CLS “shooting brake” é uma extensão do cupê e tem suas mesmas e sofisticadas características, acrescidas de um respeitável porta-malas (em que cabem 590 litros com os bancos na posição normal e até a altura da tampa do bagagito) e uma quinta porta. Aliás, o espaço é mais do que um compartimento de malas, pois trata-se de um sofisticadíssimo bagageiro com o assoalho em madeira de cerejeira. Além do charme, ela é processada de forma a não prejudicar a deformabilidade do carro no caso de um impacto traseiro. A suspensão traseira é pneumática para manter o nivelamento mesmo com carga total.

PESO LEVE

A adoção de alumínio em vários componentes da carroceria e mecânica aliviaram o peso e o teto alongado contribuiu para redução do coeficiente aerodinâmico.

Interior sofisticado tem acabamento de altíssima qualidade, além de amplo espaço

A mecânica segue a receita do cupê, com três opções de motores a gasolina (V6 350, de 310cv; V8 500, de 413cv; e a versão “mais brava”, a 63 AMG, de 532cv) e duas a diesel (250 CDI, de 206cv; e 350 CDI, de 268cv). Todos os motores foram desenvolvidos com a tecnologia BlueEFFICIENCY. A assistência à direção é elétrica com parâmetros variáveis que contribui para a dirigibilidade e permite o sistema de estacionamento automático. Todas as versões são equipadas com o Stop-Start religa o motor nas paradas. A tração nas quatro rodas (4Matic) é opcional e também o câmbio de dupla embreagem 7G-Tronic-Plus.

(*) O jornalista viajou a convite da Daimler AG.

FICHA TÉCNICA

Grande bagageiro da perua tem assoalho em madeira de cerejeira

MOTOR
Seis cilindros em V, 310cv e 37,7kgfm de torque. Oito cilindros em V, 414cv e 61kgfm de torque

CÂMBIO
Automático, de sete velocidades

MEDIDAS
Comprimento, 4,95m; largura, 1,88m; e altura, 1,41m

PORTA-MALAS
De 590 a 1.550 litros

CONSUMO
V6 13,6km/l (média cidade/estrada)
V8 10,8km/l (média cidade/estrada)

EMISSÕES
169g/km de CO2

ACELERAÇÃO ATÉ 100KM/H
V6 6,7 segundos e V8 5,3 segundos

VELOCIDADE MÁXIMA
V6/V8 250km/h