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Mazda Minagi - Seguindo o fluxo

Crossover da marca japonesa apareceu como carro-conceito no Salão de Genebra, este mês. Porém, já é praticamente a versão de produção do sucessor do atual Tribute

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A Ford e a Mazda vivem uma parceria que vem desde 1979, quando o grupo do oval azul adquiriu a sua primeira participação acionária na marca japonesa. Ainda que a parcela ianque no capital da Mazda tenha diminuído a meros 3% em 2010, as estratégias de desenvolvimento ainda são compartilhadas, como arquiteturas e bases mecânicas. Uma sinergia que vai além, chegando até mesmo a dividir conceitos. É o que aponta o Mazda Minagi, arrojado crossover nipônico apresentado no Salão de Genebra. Ainda conceito, o modelo toma as linhas do Ford Vertrek apresentado em janeiro, no Salão de Detroit, como o modelo que dará origem ao substituto do Ford Escape e do Mazda Tribute, além de influenciar o futuro EcoSport nacional. Em relação ao Vertrek, o principal ponto de distinção está na dianteira, que adota a linguagem de linhas fluidas proposta pela marca. Com destaque para a asa estilizada que forma o M do logotipo da Mazda, repetida no friso que contorna os faróis e chega à base da grade, tudo em aço escovado.



A Mazda batiza o estilo como Kodo, ou “a alma do movimento”, identidade que apareceu primeiro no conceito Shinari, apresentado, em novembro, no Salão de Los Angeles. E que estará nos próximos lançamentos. Segundo a marca, o Minagi foi inspirado em um guepardo. Em especial na posição em que o grande felino está com os músculos contraídos, pronto para disparar em direção à presa.

O fabricante ressalta a orientação para o asfalto até na definição de “crossover” urbano amigável. No caso, o amigável diz respeito às dimensões mais contidas e também ao meio ambiente, dado o apelo mais ecológico de utilitários compactos. A base mecânica ainda não foi revelada. Mas é certo que o Minagi terá a plataforma da geração atual do Ford Focus na Europa (no Brasil, essa só chegará no ano que vem), enquanto a motorização poderá tomar emprestada a linha de motores EcoBoost, com injeção direta de combustível e turbocompressor.



DENTRO O interior tem elementos esportivos, como os instrumentos distribuídos em três “copos” e o console minimalista, cuja tela LCD está voltada ao motorista. Ainda tem muito de conceito, especialmente nos detalhes mais estilizados, como os retrovisores substituídos por câmeras ou nas maçanetas em alumínio. Mas já parece estar pronto para enfrentar concorrentes que fazem cada vez mais sucesso em mercados estratégicos, como é o caso do Nissan Qashqai, na Europa. O lançamento da versão de produção está previsto para o segundo semestre.