Reanimada em 2002, a Maybach passou a ser a divisão de modelos ultra-exclusivos da Daimler-Benz. Verdadeiras limusines, os iates terrestres da marca foram baseados na geração anterior do Classe S, mas com aquela dose extra de luxo e ostentação capazes de elevá-los ao mesmo patamar dos Rolls-Royce. Mas não foi o suficiente. A marca registrou apenas 200 carros vendidos em 2009, pouco até para um fabricante do seu naipe, e não tardou a ser atingida por boatos na imprensa que davam como certo o fechamento da Maybach.

Mas a Maybach não só continua em pé como também apresentou a sua linha 2011 de modelos no Salão de Pequim. A gama é composta por apenas dois modelos: 57 e 62. O menor conta com 5,71 metros de comprimento e 3,39 metros de entre-eixos, números que já o colocam como um dos maiores sedãs do mundo. Mas é pouco face o 62, que ostenta 6,17 m de ponta a ponta e 3,82 m de entre-eixos.

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Ambos contam com pequenas alterações. A começar pela grade de maiores dimensões, que passou a ser diferenciada entre os modelos convencionais e os da série Special (S). Em busca de maior agressividade, o capô conta com um V mais pronunciado e o para-choque agora é dividido e abriga luzes diurnas em LEDs. Na traseira, as lanternas foram escurecidas e contam com uma barra cromada na base. Os espelhos também mudaram para diminuir o arrasto aerodinâmico e o barulho de vento. As rodas aro 19 e 21 (nos S), são inéditas também.

Mudanças mecânicas

Abaixo do longo capô em estilo quase que Barroco, estão versões otimizadas dos motores V12 da marca. O 5.5 agora conta com 550 cv de potência a 5.250 rpm e 91,7 kgfm de torque desde 2.200 giros. O suficiente para levar o carro de zero a 100 km/h em 5,4 segundos e à velocidade máxima de 250 km/h, limitados eletronicamente, ótimos números para um carro que pesa, no mínimo, 2.735 kg

O 6.0 do Maybach 57 S e 62 S entrega 630 cv (30 cv a mais) entre 4.800 e 5.100 rotações e massivos 101,9 kgfm de torque a partir de míseros 2 mil giros. Uma força bruta capaz de empurrar os 2.855 kg da versão longa da imobilidade aos 100 km/h em apenas 4,9 segundos, com a máxima estendida aos 275 km/h, números que deixam para trás esportivos mais leves.

Os aperfeiçoamentos também visaram diminuir a fama de destruidor de ecossistemas que costuma acometer esse tipo de carro. As configurações equipadas com o V8 5.5 passaram a consumir 6,6 km/l de média, contra os 6,2 km/l anterior, com emissões reduzidas para ainda agressivos 350 g/km de CO2. O 6.0, por sua vez, agora perfaz 6,3 km/l, uma melhora discreta face os 6,08 km/l, embora ainda emita 383,9 km/g de CO2. Para compensar toda essa sede, o carro possui um tanque de 110 litros.

Luxo para quatro

Como um bom carro inspirado no passado, o Maybach 57 agora também conta com a opção de partição entre a cabine do motorista e dos passageiros, tal como o assento reclinável, semelhante ao encontrado na Primeira Classe de uma boa companhia aérea. Do irmão maior também veio o pulverizador de ambientes. Toda a gama pode ser equipada com internet wireless, além bancos incrustados com cristais Swarovski de três novas opções de cores para o revestimento interno (marrom, branco e azul) e detalhes de acabamento também novos: madeira marrom escura, laca chinesa e outros tons de fibra de carbono. O 62 pode receber uma tela 19 polegadas para o entretenimento dos passageiros, no lugar das duas pequenas telas de 9,5 polegadas de antes.

Junto aos Maybach, o Salão de Pequim também traz outras novidades do mercado de alto luxo. A Audi leva ao autoshow o A8 L W12, maior que o modelo convencional e equipado com um motor mais exuberante. A Volkswagen desfaz a sua impressão de marca do povo com a versão renovada do top de linha Phaeton. E a britânica Bentley criou duas versões do Continental especialmente para a China. Tudo para agradar os novos-ricos do país que mais cresce no mundo, que não se incomodam em pagar por um carro que custa entre 366 mil euros e 492 mil euros, entre R$ 860 mil e R$ 1,16 milhão. A marca planeja outros modelos, incluindo um sedã mais "acessível".

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Audi A8 L W12.

Volkswagen Phaeton 2011.