De Itu (SP) - Um dos modelos mais aguardados da linha 2008 é, sem dúvida, o Cherokee Sport. Irmão menor do Grand Cherokee, tem ampla capacidade de uso fora-de-estrada, em um veículo mais voltado para utilidade e de dimensões mais compactas. A versão atual foi completamente renovada e ganhou design com linhas mais retas, retomando a tradição do Cherokee original. O espaço interno também melhorou, principalmente no que diz respeito à capacidade de carga. O que não mudou foi a extensa lista de equipamentos, que permite que o carro seja usado mesmo em trilhas bastante precárias.
A tração é integral, com acionamento elétrico e reduzida, ganhou um sistema de controle de descida, que, quando acionado, segura o carro no freio, sem necessidade de acionamento dos pedais, impedindo que ele deslize acidentalmente. A suspensão também foi reprojetada, sendo independente na dianteira, e do tipo multibraço, na traseira.
O motor é um V6 4.7, que desenvolve 211 cv, uma potência relativamente modesta para sua capacidade. Na verdade, para sua aplicação em terrenos acidentados, o torque é mais importante e, com 31 kgfm à disposição, o carro tem um bom folêgo.
Na estrada, o veículo não surpreende, mas também não faz feio. Como o câmbio automático tem apenas quatro velocidades, as acelerações e retomadas são um pouco mais demoradas, mas nada que comprometa a segurança. O compromisso entre estabilidade e conforto na regulagem da suspensão também é coerente com a proposta do veículo. Apesar do preço sugerido de R$ 125 mil, o Cherokee Sport não se propõe a ser um veículo de luxo. Obviamente, itens como ar-condicionado, sistema de som, com reprodutor de MP3, e outros mimos, estão presentes. Mas o acabamento dos bancos é em tecido, e a regulagem, do tipo manual.
Jeep
Após um hiato de seis anos, o fora-de-estrada por excelência volta a ser vendido no mercado nacional. A versão atual, apesar do estilo que remete ao Willys original, de 1941, com os faróis redondos e grade com aberturas verticais, é um veículo completamente novo. Por enquanto, está sendo comercializada apenas a versão duas portas, que vem de série com capota rígida ou de lona.
Apesar da evolução, ele se mantém como um veículo essencialmente utilitário, com a boa altura livre do solo, o âgulo de entrada de 36° e acabamento mais voltado para a facilidade de manutenção do que o luxo. Obviamente, por R$ 109mil, o carro vem com os equipamentos tradicionais de conforto e segurança, mas o projeto não nega suas origens. A posição de condução, por exemplo, coloca o motorista muito próximo ao volante e o acesso aos bancos traseiros é difícil, não apenas pela altura, mas também pelo pouco espaço entre os bancos dianteiros e traseiros.
No entanto, é difícil julgar o Wrangler como um veículo de passeio, não apenas pelo conforto ou desempenho. Em altas velocidades, por exemplo, o ruído aerodinâmico é bem superior ao de um carro. Não se trata de um utilitário-esportivo, como o próprio Cherokee Sport, mas o modelo tem sua legião de seguidores. O motor é um V6 3.8, de 199 cv, com o câmbio automático de quatro marchas. A reduzida tem engate manual e, como não tem o controle de descida, em trilhas, todo o controle está nas mãos do motorista.
Planos
Apesar de afirmar que a América Latina e o Brasil, em particular, são mercados importantes para a expansão das vendas, a direção da Chrysler no Brasil não forneceu números sobre quantos modelos quer vender no país. Além dos lançamentos, a gama ainda tem o Chrysler 300C, nas versões V8, SRT/8 e perua; e o PT Cruiser, nas versões Classic e Limited. A Jeep oferece também o Grand Cherokee nas opções Limited, Overland e SRT/8; enquanto a linha Dodge está restrita a picape Ram, com cabine simples ou dupla. Ainda este ano, devem começar a ser vendidos os Wrangler de quatro portas e o crossover Dodge Journey.
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(*) O jornalista viajou a convite da Chrysler do Brasil.