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Koenigsegg - Calibrado para o álcool

Fabricante sueco de supercarros apresenta duas novas versões de seu bólido, uma é o primeiro esportivo de série a rodar com E85, variante européia do etanol

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Estilo é evolução da família CC, lançada em 2002, e carroceria sem pintura deixa visível fibra de carbono usada na construção do veículo. Assim como nos veículos de competição, aerofólio pode ser ajustado de acordo com traçado da pista

A história não é nova nem tampouco original. Um fanático por carros esportivos (normalmente muito rico), insatisfeito com a oferta de veículos de alto desempenho disponíveis no mercado, resolve projetar o seu próprio GT. Foi assim que surgiu a Lamborghini. Mas também é a origem de uma marca menos conhecida, a sueca Koenigsegg.

O fabricante começou as operações em 1994, três anos depois o primeiro protótipo do que seria chamado de CC 8S estava pronto. Ainda levou algum tempo para que os veículos chegassem às mãos dos compradores, mas, no Salão de Genebra de 2002, as chaves do primeiro modelo de produção foram entregues ao dono.

Veja alguns vídeos do CCX!

Desde então, a fábrica vem trabalhando no modelo e todos os modelos são, na verdade, variações e refinamentos do carro original. Tanto do ponto de vista estético quanto mecânico. O CCR, de 2004, conta com motor de 806 cv e, no ano seguinte, o modelo roubou do McLaren F1 o título de carro de produção mais veloz do mundo, recorde que ficou inalterado por sete anos, ao atingir 395 km/h.

Modelo não dispensa confortos como climatização e navegação


No ano passado, foi apresentado o CCX, praticamente um novo carro. O veículo foi adaptado para obedecer às regras de emissões de impacto em vigor nos Estados Unidos. Agora é a vez dos Edition CCX e CCXR. Ambas as versões são praticamente carros de corrida com certificação para rodar fora de circuitos. O CCXR, além de incorporar todas as melhorias dos seus antecessores, é o primeiro superesportivo que consome E85, combustível que contém 85% de etanol, mas conserva 15% de gasolina na mistura, para melhorar a partida a frio. O motor é V8 com dois compressores e produz 888 cv na versão a gasolina e 1018 cv na movida com E85. Como o peso do veículo é de apenas 1.185 kg, a relação peso/potência é de impressionantes 1,16 kg/cv. O resultado é uma aceleração até 100 km/h em 2,9 s e velocidade máxima de 402 km/h.

Molas e outros elementos da suspensão ganharam calibragem mais rígidas além de o carro estar mais próximo ao solo. A fibra de carbono usada no monobloco fica aparente e, para aumentar o efeito solo, foram projetados novos spoilers, entradas de ar, além de um aerofólio ajustável de acordo com as condições da pista.

Por dentro, as mudanças foram poucas, apenas para distinguir as variantes Edition CCX e CCXR e incluem placas nas laterais indicando a versão, painel de instrumentos com desenho inspirado em um cronômetro analógico. Em comum com as demais versões, são equipadas com itens como rodas em liga de carbono, câmera para auxiliar as manobras em marcha à ré e sistema de exaustão exclusivo, projetado para diminuir o peso.

Serão prduzidas apenas 14 unidades do Edition CCX e seis do CCXR com preços respectivamente de 1,33 milhão de euros (R$ 3,45 milhão) e 1,5 milhão de euros (R$ 3,9 milhão). As primeiras duas unidades de cada versão já foram vendidas.