A Kia aposta há muito tempo na fórmula da exportação para países ocidentais. Agora, a marca sul-coreana investiu mais pesado no mercado chinês, onde debuta o sedã compacto K2, que será produzido na joint-venture com a Dongfeng. O modelo, que faz a sua estreia no Salão de Xangai, nem parece, mas é baseado sobre a segunda geração do Kia Rio, recém apresentada no Salão de Genebra. Se a arquitetura é de compacto, o estilo foi cedido pelo muito maior Optima. Basta olhar para os faróis e lanternas e, até mesmo, nas rodas inteiriças e nas saídas de ar falsas nos para-lamas dianteiros. A inspiração o deixa afastado do estilo de sedã em miniatura do antecessor.
O jogo de cena é para conquistar um nicho que responde sozinho por 16% do mercado chinês, ou seja, quase dois milhões de carros/ano. Na verdade, o carro nem está tão mau na fita (métrica): são 4,37 metros de comprimento, 1,70m de largura e 1,46m de altura. O entre-eixos é de bons 2,57m. Em comprimento, ganha do Renault Logan, que possui 4,28m, que dá o troco no entre-eixos de 2,63m. O balanço traseiro grande favorece o porta-malas de 500 litros, argumento que ajuda a tornar os sedãs compactos queridinhos entre os países emergentes.
Inicialmente, o K2 estará disponível no país com motores 1.4 ou 1.6, com transmissão manual ou automática. A produção começa em agosto desse ano e, provavelmente, o modelo não demorará a desembarcar em outros países emergentes. Com outro nome, claro. É que na China os sedãs da marca tem nomes precedidos como K. O primo maior Optima, por exemplo, é chamado de K5 por lá.