(FolhaNews)
Os funcionários da Chrysler começarão na quarta-feira uma greve de duração indefinida, caso a empresa e o sindicato UAW (United Auto Workers) não cheguem a um acordo para a assinatura do novo convênio coletivo, informaram fontes do sindicato.
O anúncio do sindicato, que representa cerca de 49 mil funcionários da Chrysler, assim como 78 mil aposentados, ocorre depois da intensa rodada de negociações entre ambas as partes durante o fim de semana. No final de setembro, a UAW anunciou uma medida similar contra a General Motors, após a estagnação das negociações com a empresa.
Após dois dias de greve geral - a primeira enfrentada pela GM em nível nacional desde a década de 70 - o sindicato e o fabricante de automóveis chegaram a um acordo em 26 de setembro. O ultimato imposto pelo sindicato expira amanhã, ao meio-dia (horário de Brasília), informou a porta-voz da Chrysler Michele Tinson.
A organização trabalhista SOS (Soldiers of Solidarity), formada por um grupo de filiados à UAW, e que habitualmente se opõe aos acordos alcançados pela direção do sindicato, criticou o anúncio da possível greve. Em seu site, a SOS assinalou que o anúncio da greve ocorre poucos dias depois da aparição de rumores nas fábricas de Chrysler sobre a iminente decisão da companhia de iniciar demissões, diante da queda da demanda dos veículos do grupo.
Segundo a SOS, uma greve nas fábricas da Chrysler poderia ser benéfica para a fabricante de automóveis, que já diminuiu suas operações em sete fábricas para reduzir a produção.
Os funcionários da General Motors estão votando para aprovar ou rejeitar o acordo alcançado pelo sindicato com a empresa. Os resultados finais serão anunciados na quarta-feira, mas por enquanto, três das 16 fábricas da GM nos Estados Unidos rejeitaram a proposta.
Analistas estimam que o nível de ratificação do acordo se situava em 60% durante o fim de semana.