A Ford deu uma mostra de que a criação de dispositivos de segurança não é apenas uma primazia da Volvo, fabricante sueco que pertence ao grupo norte-americano. A marca do oval azul criou a primeira versão de produção de um cinto de segurança inflável, voltado para a proteção dos ocupantes traseiros – os passageiros da frente já contam com vários airbags. Em caso de uma batida frontal ou lateral, os cintos traseiros irão se inflar em apenas 40 milissegundos.
Quando expandido, o cinto inflável cobre uma superfície cinco vezes maior do corpo do ocupante em comparação ao cinto convencional, o que distribui melhor as forças de uma colisão. O dispositivo irá estrear na próxima geração do utilitário esportivo Ford Explorer, que será lançada no ano que vem.
O sistema tem um funcionamento diferente de um airbag comum. Após detectar a iminência de um impacto e determinar a sua severidade, o dispositivo é preenchido com um gás mantido em um cilindro em baixo do assento. Esse gás comprimido é gelado, ao contrário do gás gerado por uma reação química, como em um airbag normal. Isso permite que o cinto não fique mais quente que o corpo. O dispositivo também infla com uma pressão menor e em uma velocidade menor, pois não está distante da pessoa protegida. E, para maior segurança, o cinto permanece inflado por alguns segundos após a colisão.
A marca afirma que 90% das pessoas que testaram esse cinto consideraram que o seu uso é mais confortável ou igual que um cinto convencional, pois os cintos infláveis seriam mais macios e acolchoados. De acordo com a Ford, esse fator de conforto pode ajudar a aumentar o índice de uso de cintos traseiros, atualmente de 61% nos Estados Unidos. Um índice bem inferior aos 82% de uso dos cintos dianteiros, de acordo com dados da NHTSA, entidade responsável pela segurança veicular no país norte-americano.