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Faróis - Na onda da luz branca

Comuns em modelos sofisticados e carros tunados, lâmpadas de xenônio vão aos poucos tomando lugar das halógenas, garantindo mais luminosidade e menos ofuscamento

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Substituição das lâmpadas halógenas por xenônio não é complicada

Os faróis de xenon surgiram no mercado automotivo como item de sofisticação, e eram instalados só em modelos topo de linha. Depois, foram incorporados pelos adeptos do tuning, ganhando caráter mais esportivo. Atualmente, as lâmpadas de xenônio vão conquistando espaço no mercado e começam a substituir as halógenas, por apresentarem algumas vantagens. A adaptação pode ser feita sem complicações, mas exige alguns cuidados.

Diferenças
Para entender as vantagens dos faróis de xenon é preciso conhecer suas principais diferenças em relação às lâmpadas halógenas. Ivan Lelis, gerente de Marketing e Produto da Divisão Automotiva da Philips, explica que as lâmpadas halógenas usam filamentos incandescentes, que transformam energia elétrica em luz amarelada. Já as lâmpadas de xenônio (gás nobre) têm funcionamento semelhante ao das fluorescentes. Não têm filamento e são alimentadas por reator de alta tensão, que, em uma reação química, promove a colisão de íons e elétrons, gerando luz branca.

Assista ao comparativo entre as lâmpadas de xenônio e as halôgenas!

Vantagens
De acordo com Ivan, as lâmpadas de xenônio têm durabilidade quatro a cinco vezes maior do que as halógenas: uma dura até 4.000 horas e a outra, 800 horas. As lâmpadas de xenônio reproduzem luz mais intensa e branca, proporcionam cerca de 50% de redução de consumo de energia e emitem faixo que não ofusca a visão de outros motoristas. Para o gerente de Marketing da Philips, o uso de lâmpadas de xenônio resulta em maior alcance e iluminação lateral, garantindo mais segurança.

Faróis emitem luz clara, que não ofusca a visão dos motoristas


Adaptação
Para substituir as lâmpadas halógenas pelas de xenônio não é preciso fazer grandes modificações. Basta usar um com as lâmpadas, um reator e um starter. É possível encontrar lâmpadas independentes: uma com a função de farol baixo e outra para o alto. Há também a opção de lâmpada única, com o baixo e alto na mesma unidade. Ivan informa que a Philips vende kit com lâmpadas independentes, por R$ 1.300. Já o kit bixenon tem preço sugerido de R$ 1.500. Mas, existem no mercado outros kits, com preços a partir de R$ 450. "O problema é que nos mais baratos, normalmente, o reator não é selado, não há uniformidade na luz, o starter costuma apresentar problemas, provocando alterações de cor, e podem usar argônio no lugar do xenônio, que faz a diferença", afirma Ivan. Ele acrescenta que o ideal é usar lentes e refletores próprios para receber as lâmpadas de xenônio, pois, dessa forma, o resultado é melhor.

A lei
A Resolução 692/88 do Contran delimita a potência máxima da lâmpada automotiva em 68 watts. Outro fator observado é a temperatura de cor, que nas lâmpadas halógenas fica em torno de 3.300 kelvins e nas de xenônio, em 6.000k. Ivan explica que, quanto mais alta a temperatura, mais branca é a luz emitida. Mas ele não recomenda o uso de lâmpadas com temperatura de cor acima de 6.500 k, pois elas emitem luz azulada. O gerente de Marketing da Philips adverte que existem no mercado muitas lâmpadas com mais de 100 w de potência, que, além de estarem fora da regulamentação, provocam o ofuscamento da visão de outros motoristas.

Alternativas
Ivan Lelis informa que é possível encontrar no mercado automotivo uma alternativa às lâmpadas de xenônio. São lâmpadas halôgenas, com filamento e temperatura de cor elevada. A Philips, por exemplo, vende a Blue Vision de 4.000k (R$ 100), a Cristal Vision de 4.300k (R$ 150) e a Diamond Vision de 5.000k (R$ 230). Elas não chegam a proporcionar a mesma luminosidade de uma lâmpada de xenônio, mas emitem luz mais branca.

Vantagens
Quantidade de luz emitida é muito maior
Economia de energia
Não ofusca a visão de outros motoristas
As lâmpadas duram mais do que as halógenas
Maior alcance
Maior iluminação lateral