Para se proteger do amigo do alheio, muitos compradores de veículos novos acabam optando pelos sons que vêm de fábrica. A confiança é depositada porque quase sempre esses equipamentos têm algum dispositivo de segurança antifurto. Mas alguns fabricantes de veículos estão descuidando um pouco da segurança ao comercializar, principalmente para os modelos mais baratos, aparelhos que não têm a frente destacável, deixando o som como um chamariz para os gatunos.
A Volkswagen disponibiliza como opcional para a linha Gol e Fox um som excelente, com tecnologias como Bluetooth, leitor de cartão SD e entrada USB frontal. O único defeito desse som é realmente não ter a frente destacável, fazendo com que o ladrão não tenha sequer o contratempo ou a desvantagem de comercializar o som incompleto. De acordo com o fabricante alemão, esse som tem um código de segurança que fica em poder do proprietário. Sempre que é desconectado da bateria, o som requer esse código para funcionar.
A Fiat também comercializa um aparelho de áudio que não é destacável, deixando o proprietário impossibilitado de protegê-lo contra furto. O equipamento acompanha modelos como o Uno e as versões mais simples do Palio. Assim como a Volkswagen, o som comercializado pela Fiat precisa ser codificado caso seja desligado da bateria. Um funcionário de uma loja de acessórios informou que a codificação dificulta, mas não impede a instalação do som em outro veículo. Portanto, não inibe o furto. De acordo com a fonte, qualquer assistência técnica consegue reprogramar o aparelho, bastando o cliente alegar que perdeu o código.
Integrado
Outra tentativa de reduzir o interesse dos ladrões é o uso de um som integrado ao painel. Como cada modelo terá um formato específico de aparelho, seu uso acaba ficando restrito, reduzindo seu mercado potencial. Ainda assim, existem vários relatos de veículos que tiveram o painel todo depenado por ladrões que estavam em busca do som, mesmo sendo integrado.
Encaixe
O cliente Citroën que não quiser optar pelo som original, que é integrado ao painel, vai ter problemas. Se o proprietário resolver instalar no C3 um som convencional, terá que conviver com um horroroso vão no painel. Questionada se o painel do modelo não tinha sido projetado para o uso de um som convencional sem prejuízo para sua aparência, a Citroën tentou repassar a responsabilidade para os fabricantes de som, "que desenvolvem seus produtos com formatos universais".