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Entusiastas da fotografia e da aviação fazem o maior encontro de Spotters do Brasil em SP

Grupo de cerca de 150 pessoas se encontrou na Base Aérea de São Paulo e teve a oportunidade de fazer fotos inéditas. Apesar de crescente, prática ainda é incomum no Brasil, mas já se populariza em outros países

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Cerca de 150 pessoas de todo o Brasil participaram do maior encontro de fotógrafos de aviação do país, que aconteceu neste sábado (25) na Base Aérea de São Paulo (BASP), anexo ao Aeroporto Internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo.

O evento anual foi criado para reunir os entusiastas da aviação e fomentar a prática de Spotter, que ainda é desconhecida no Brasil, mas muito popular no exterior. A novidade deste ano foi a realização do encontro no gramado ao lado da pista, próximo ao ponto de toque das aeronaves, algo inédito para os spottres, como são chamados os fotógrafos de aviação. Eles nunca haviam conseguido uma localização tão privilegiada quanto essa para fotografar as operações das aeronaves, mas como é uma área militar, o grupo precisou da autorização da Aeronáutica para a realização do evento. "Consegui fazer imagens que nunca conseguiria em outro lugar, um 747 não cabia no enquadramento de tão próximo que estava da lente", disse o médico Lucas Coacci, um dos organizadores do encontro. A maioria dos participantes não trabalha com fotografia profissional. São médicos, engenheiros, estudantes, professores e até pilotos, que se divertem ao fazer imagens impressionantes de operações dos mais variados tipos de aeronaves.

 

O evento é organizado pelos grupos 'AeroIn', de São Paulo e 'CNF ao vivo', de Belo Horizonte, que pretendem levar o evento para outros aeroportos brasileiros, como o de Confins, para que a prática se torne mais popular entre os entusiastas da fotografia e da aviação.

 

Dificuldades no Brasil

Grandes aeroportos do mundo como os de Amsterdã, Zurique, Londres e Barcelona, possuem pontos oficiais para fotografia e observação. No Brasil, a nova concessionária do Aeroporto de Guarulhos inaugurou uma área exclusiva para os spotters depois de um pedido do grupo AeroIn. A situação em São Paulo é o oposto nos demais aeroportos. Além de não disponibilizar um ponto de observação, a Infraero acabou fechando áreas que eram usadas pelos fotógrados, como em Confins que, primeiramente, teve o terraço fechado com vidros e depois impediu o acesso de pessoas ao local. Mas os entusiastas acreditam que o hobby terá mais espaço nos aeroportos que estão sendo entregues pelo Governo à iniciativa privada, como aconteceu em Guarulhos. 

O médico Lucas se concentra em uma das fotos