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Concorrentes do prêmio de design do Salão do Automóvel de Los Angeles

Concurso que será realizado no evento já conta com a participação de várias propostas de carro para 2030

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GM Car Hero promete mesclar a experiência de dirigir com a de jogar

O Salão de Los Angeles, que será realizado a partir do dia 3 de dezembro, irá exibir além de modelos de produção e conceito, algumas propostas com maior imaginação. São os carros que os atuais jovens irão dirigir em 2030, estudos futuristas que irão participar do Concurso de Design do evento californiano, cujo tema esse ano será Youthmobile 2030, ou mobilidade da juventude. Os estúdios de design procuraram exibir que tipo de veículo essa geração criada com comunidades online e celulares irá dirigir em 21 anos.

Participaram os departamentos da Audi, General Motors, Honda, Mazda, Nissan e Toyota. As propostas são variadas. A mais curiosa é a da Honda, que criou um modelo que incorpora o DNA de seu proprietário e muda as suas formas, cores e materiais de acordo com o resultado. A GM se inspirou em um “hit” entre os jovens “gamers”, o jogo/simulador Guitar Hero, para criar um carro cujo uso seja semelhante a jogar videogame. O nome escolhido para o carro entrega a inspiração: Car Hero.

A Audi/Volkswagen irá exibir dois conceitos, o eOra e o eSpira. O urbano eOra se adapta aos movimentos do motorista e as suas intenções. O eSpira, com um toque mais esportivo inspirado nos Auto Union de competição, vai além e captura qualquer movimento do corpo do motorista, incluindo gestos, e sincroniza essas ações com as dos carros. De acordo com a marca alemã, isso dá ao veículo uma agilidade e capacidade de respostas inigualável.

Veja mais fotos dos carros para 2030!

A General Motors traz o Car Hero, uma espécie de carro “casulo” que desafia os motoristas/jogadores assim que o destino é estabelecido no navegador conectado a um smart phone. Isso permite que o condutor dispute contra o veículo em busca do controle completo sobre o sistema de bordo, o que irá lhe dar acesso a várias situações de direção e vias. Parece divertido demais para ruas reais.



A Honda foi além. O modelo Helix – hélice em homenagem as espirais de DNA – incorpora o material genético do condutor e, graças à polímeros adaptativos, consegue mudar elementos do próprio veículo, como a forma, as cores ou os materiais. Essas mudanças também podem ser acionadas pelo ambiente e pelos padrões de tráfego. A marca apresenta um desenho de três versões do veículo. Para o tráfego congestionado de Roma, o modelo torna-se capaz de voar, a melhor forma de se andar na “cidade eterna”.

Dentro do ideal de interatividade, algo prezado pela geração “web”, a Mazda criou o Souga. O veículo esporte pode ser modificado de acordo com as características determinadas pelo proprietário no Vmazda, um site que serve como ferramenta de design. Com isso a marca japonesa promete que cada um dos carros será puramente voltado para o motorista.

A Nissan criou o estudo V2G, um carro urbano que também pode ser personalizado pelo dono. O modelo parece um pequeno inseto, com carenagens dianteiras sobre as rodas que se assemelham a pinças. Essa inspiração biológica fica clara no material da carroceria, que pode ser decomposto por uma bactéria “criada” especialmente para isso.

Já o Toyota LINKZ “surfa” na onda da personalização e permite que o veículo se torne uma ferramenta social como o Orkut. Nas ruas esse modelo serviria como um perfil do usuário/dono. O LINKZ pode receber novos “skins”, disponíveis para download. Em vez de rodas, o veículo futurista utiliza esferas compostas por um material capaz de converter fricção em energia para alimentar as baterias. Ou seja, algumas coisas, como a ecologia ou a conectividade, não devem sair de voga em 2030, como apontam essas propostas.