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Câmbio automatizado - Parece mas não é

Chevrolet Meriva e Fiat Stilo são os primeiros modelos nacionais equipados com caixa tipo manual que possibilita, também, trocas de forma automática

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Chevrolet Meriva tem sistema de acionamento elétrico, mas sem opção de mudança junto ao volante

A grande vantagem desse novo câmbio é o conforto no trânsito urbano, pois o motorista não precisa pisar na embreagem e nem acionar a alavanca de mudanças no aborrecido pára-e-anda dos congestionamentos e cruzamentos. O sistema faz tudo sozinho, exatamente como um câmbio automático convencional. E existe ainda a possibilidade de dirigir de forma mais esportiva: com toques na alavanca, as marchas podem também ser cambiadas exatamente como numa caixa manual.

Afinal, é ou não é automático?

A caixa é manual, com o mesmo sistema mecânico de cambiar as cinco (ou seis, ou sete...) marchas. E tem exatamente a mesma velha e conhecida embreagem da caixa tradicional.

Entretanto, a eletrônica permitiu desenvolver um equipamento adicional, acoplado à caixa, que elimina o pedal da embreagem e a necessidade de acionar a alavanca para cambiar as marchas. É como se tivesse um "pezinho eletrônico", para acionar a embreagem, e uma "mãozinha eletrônica", para comandar a caixa. Tudo funciona com sensores que "percebem" as diversas situações nas quais o motorista teria que pisar na embreagem e mudar para uma marcha mais forte, ou mais fraca, quando sobe ou desce o giro do motor.

Câmbio do Fiat Stilo é o Dualogic, com operação hidráulica e gerenciamento eletrônico mais avançado


VANTAGENS

Custo - Um câmbio automático custa de R$ 4 mil a R$ 5 mil a mais que o manual. O automatizado encarece a metade.
Peso - O manual automatizado pesa menos que o automático convencional.
Economia - O automático aumenta o consumo, enquanto o automatizado reduz.
Operação - Além de ser mais confortável, o sistema muda as marchas eletronicamente, de forma mais precisa que o motorista, reduzindo o desgaste da embreagem.
Versátil - Dá a opção de funcionar no modo automático ou manual.

DESVANTAGENS

Tranco - No momento de cambiar, o carro dá uma "engasgada". O motorista precisa se acostumar e dar uma aliviada no acelerador, para reduzir o desconforto.
Arrancada - Em situações extremas, carregado e numa subida, o carro sai lentamente, pois o sistema não aumenta o giro do motor além do necessário.

Em resumo O câmbio automatizado é uma tendência mundial. Será aperfeiçoado e vai substituir - a longo prazo - o sistema automático tradicional.

No Brasil, a GM optou pelo sistema Luk, de acionamento elétrico e que ela chama de Easytronic. O da Fiat, chamado de Dualogic, foi desenvolvido pela Magneti Marelli e tem operação hidráulica. Tecnologicamente, o sistema da Fiat é mais moderno, pois o acionamento hidráulico é um pouco mais caro, porém mais rápido e suave que o elétrico, da GM. O software do Dualogic é também mais interessante que o do Easytronic: no Stilo, o modo automático permanece mesmo quando o motorista decide mudar a marcha. No Meriva, o sistema "entende" que deve - nessa situação - mudar para o modo manual, exigindo um toque adicional na alavanca para voltar para o modo automático.

Outra vantagem do Stilo é que se pode (opcionalmente) cambiar com as borboletas (ou paletas) no volante, como na Fórmula 1.

Ponto para a GM no quesito honestidade com o consumidor: ela anuncia um câmbio "automatizado", enquanto a Fiat mente ao dizer que o seu é "automático". Em primeiro lugar, porque tanto o da GM como o da Fiat não funcionam suavemente, como nos automáticos convencionais. Além disso, quem compra um Stilo Dualogic acreditando que o câmbio é automático de fato não vai entender nada quando levar o carro para a revisão e vier a conta de "substituição do conjunto de embreagem"...

Leia os testes do Stilo Dualogic e do Meriva Easytronic no Veja Também, no canto superior direito desta página.