O discurso é o mesmo. Todas as montadoras querem mostrar que são líderes no desenvolvimento de tecnologias verdes. Algumas conseguem alardear suas soluções de forma mais convincente do que outras. A General Motors é uma que parece estar fazendo o dever de casa, tanto em soluções de veículos híbridos quanto na pesquisa com célula a combustível.
É exatamente para demonstrar sua capacidade na área de propulsão a hidrogênio que a Cadillac, divisão de luxo da GM nos Estados Unidos, apresentou o Provoq, veículo que consegue ser ecologicamente correto, sem renunciar ao conforto ou dimensões generosas, características tão valorizadas pelos consumidores daquele país.
O sistema de propulsão é misto. Além da célula a combustível, que produz eletricidade pela combinação de hidrogênio e oxigênio, o Porvoq também tem uma bateria de 9kw, e pode rodar por 32 quilômetros, mesmo que o combustível acabe. A idéia é viabilizar o uso de células a combustível, mesmo levando em consideração a limitada disponibilidade de postos de abastecimento desse elemento químico. O resultado é uma autonomia de 483 quilômetros. O conceito também não faz feio em termos de desempenho. Mesmo não sendo um esportivo, acelera de 0 a 100 km/h em 8,5 segundos e atinge a velocidade máxima de 160 km/h.
Com a consciência ambiental limpa, os projetistas puderam se concentrar no que realmente interessa aos apaixonados por carros, estilo e equipamentos. O Provoq segue a onda dos crossovers, classe de veículos cada vez mais popular nos EUA, por apresentar dirigibilidade semelhante à de um carro, com a alta posição de condução dos utilitários-esportivos.
Design
O desenho segue as linhas de outros modelos da Cadillac, o que pode ser considerado bom, pois, recentemente, a marca conseguiu encontrar uma linguagem de design que equilibra linhas contemporâneas com o amor dos norte-americanos por cromados e outros excessos. Exemplos do DNA da marca estão nos faróis e lanternas altos e angulosos e vincos pronunciados nas laterais. O veículo integra alguns elementos interessantes, como o painel solar no teto, para gerar energia para as luzes internas e sistema de áudio; e grade dianteira, que se fecha em altas velocidades, para melhorar a aerodinâmica.
Por dentro, o tom é high tech. Ao contrário de outros veículos de luxo, a madeira foi descartada, em benefício do uso de metais cromados; e toques de iluminação cênica, por meio de LEDs, foram postos em pontos estratégicos do carro. Para manter o ambiente sofisticado, obviamente o couro foi usado sem parcimônia.
Como estamos falando de um conceito, o Provoq também tem espaço para experimentação no painel. Os instrumentos tradicionais foram substituídos por uma tela de cristal líquido, que pode ser configurada para exibir a informação desejada pelo condutor. Só para não esquecer que o carro é ecologicamente correto, a forração do teto e carpetes é feita de materiais recicláveis ou já reciclados.