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Boris responde - 18/03/2012

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POLÊMICA
Na descida é melhor deixar

o carro engrenado ou na banguela?

Nei Sander
neisander10@gmail.com

Gostaria de saber por que um carro com injeção eletrônica em ponto morto é mais econômico do que quando engrenado sem aceleração. Suponhamos que a 80km/h o motor gire a 2.500rpm, sem aceleração. Por isso, o motor está gerando combustão para mantê-lo girando a 2.500rpm. Como pode ser mais econômico que o carro funcionando em ponto morto na mesma velocidade com o motor girando a 1.000rpm? Penso que o motor girando a 2.500rpm está gastando bem mais que a 1.000rpm. Pois, do contrário, se eu ficar acelerando um carro parado em ponto morto e manter a aceleração do motor girando a 2.500rpm, vou gastar bem mais combustível que o carro ligado sem aceleração.

Oi, Nei. Se o carro desce uma ladeira engrenado, o motor vai funcionar (não importa em que rotação) de forma passiva, ou seja, ele vai girar empurrado pelas rodas, sem necessidade de injetar combustível. Se o carro desce em ponto morto, a injeção terá que jogar combustível para que ele não morra. Além disso, com o carro descendo na banguela, sobrecarrega o freio.



MOTOR
Produto milagroso dispensa

o uso de óleo lubrificante?

Thiago Augusto
thg2222@gmail.com


A minha pergunta é: Militec é um condicionador de metais e não um aditivo capaz de grudar nas paredes do motor formando uma camada protetora contra atritos, mesmo no caso em que estiver sem óleo ou lubrificação?

Oi, Thiago, teoricamente é possível corrigir algumas imperfeições com um determinado material. Ainda não testamos especificamente o que você menciona. Mas permitir que o motor funcione sem óleo lubrificante é impossível.


KIT
Posso confiar em equipamento

que promete aumentar autonomia?

Paulo Leite dos Santos
São Paulo

Tenho visto na internet a venda de um kit que funciona como um auxiliador de combustível, aumentando a autonomia. Esse equipamento realmente funciona? Ele danifica o motor? Ou tudo isso é picaretagem?

Oi, Paulo. Não conheço esse kit específico. Mas, de uma maneira geral, todas essas trapizongas colocadas à venda no mercado paralelo costumam não passar de picaretagem. E algumas, ainda por cima, danificam mesmo o motor.

 


FLATULÊNCIA
Por que meu carro tem o péssimo
hábito de liberar cheiro desagradável?

Helton Silva Gontijo
Belo Horizonte


Temos um Nissan Tiida SL 2010/2011, adquirido zero quilômetro na concessionária Misaki, em Belo Horizonte. Todas as revisões estão em dia de acordo com o manual do proprietário. Com pouco mais de 10 mil quilômetros rodados e desde novo o carro tem o desagradável hábito de soltar “peidos" desconsertantemente mal cheirosos pelo catalisador. O pior é que passageiros sentem aquele odor horroroso e temos que ficar explicando que é o carro. Já levamos o Tiida às concessionárias de Belo Horizonte e todos dizem que é assim mesmo, que é normal para esse modelo e um monte de baboseiras absurdas. Não acredito que um carro desse nível de acabamento e qualidade tenha uma característica tão desagradável. Particularmente, nunca ouvi falar em nada similar nem em modelos populares. Gostaria de saber se existem casos similares envolvendo esse modelo ou essa marca e se cabe um pedido de indenização conforme previsto no Código de Defesa do Consumidor, e nesse caso como devo proceder para acionar o responsável. Quem deve ser acionado, a concessionária ou o fabricante? Caberia, além da indenização, reparo ou abatimento no valor pago, um pedido de danos morais, pelo vexame que passamos toda vez que o carro peida?

Situação difícil a sua, caro Helton. Antigamente, esse tipo de problema era comum em carros movidos somente a etanol, que provocava um odor desagradável. Se você tem percebido que o mau cheiro ocorre com etanol ou gasolina, é provável que o catalisador do seu carro esteja com problema. Mas, se o cheiro só aparece quando se abastece com etanol, experimente encher o tanque com gasolina para ver o que acontece. E, se o carro ainda estiver na garantia, você pode tentar a troca do componente na concessionária da marca.

 

 

SAPATOS
Alterar as medidas do pneu pode
interferir nas relações de marchas?

Edson Claudio Liboni
Tucuruvi (SP)

Assistindo ao seu programa na TV reparei que a informação dada como resposta sobre a troca de um pneu 185/65 R14 pelo 195/65 R14, mudando apenas sua largura, não prejudicaria a estabilidade. Por outro lado, haveria contato maior com o solo, o que poderia aumentar o consumo de combustível. Com relação à altura do pneu 65, não se altera o alongamento da relação do câmbio, pois a altura seria a mesma, assim como, se não alterarmos o aro 14 polegadas, não mexeremos em sua relação original. Segundo a sua resposta, não entendi como alterando apenas a largura do pneu alteraria a sua relação.

Oi, Edson. Um pneu com 185mm de largura na banda de rodagem, com perfil 65, significa que sua altura é de 65% de 185mm, ou seja, 120,25mm. Já o pneu 195/65 terá (65% de 195) 126,75mm de altura. Entendeu por que o carro fica mais alto?

 

DESEMPENHO
O tal do chip realmente
aumenta a potência do motor?

Rafael Lodi
rafa_lodi@hotmail.com


Tenho um VW Golf 1.6, 2009. Gostaria de saber se vale a pena chipar o carro ou fazer alguma programação do módulo para que ele ande um pouco mais. Acho o motor dele bem fraco e queria algum aumento de potência. Será que vale a pena?

Olha, Rafael, substituir o chip do carro por outro que aumente a potência é possível. E barato! Entretanto, saiba que aumentam o consumo e o nível de emissões também.

 

 

FALTA FORÇA
Cidadão questiona desempenho
da perua Ford Escort na subida

Claudinei Campos
Taubaté (SP)


Por que alguns carros com motores fortes pedem mais marchas que os mais fracos em subidas? Tenho um Ford Escort Zetec SW que pede marcha na subida e meu amigo tem um VW Gol 1.0 G4 que sobe tranquilo, sem forçar nada.

Claudinei, o desempenho de um carro não depende só da potência do motor, mas também das faixas de torque, do escalonamento das engrenagens da caixa, do peso, da aerodinâmica, da manutenção etc.

 

 

PLACAS
Sequência alfabética não deveria
seguir uma lógica em cada cidade?

Renato Faria
Belo Horizonte


Tem uma situação que, embora possa parecer bobagem, me intrigou e gostaria de ouvir sua opinião. A identificação de placa de veículo zero quilômetro obedece a uma sequência alfabética baseada no período de aquisição, não é mesmo? A pergunta se baseia no seguinte fato: adquiri um veículo em Belo Horizonte em 2009, com as iniciais HKT. Recentemente, adquiri outro zero-quilômetro com iniciais HJI. Ora, se a premissa da identificação da sequência alfabética for verdadeira, a placa do veículo adquirido recentemente devia ser no mínimo HKT, embora haja carros circulando na cidade com identificação na casa de HN e alguma coisa.

Caro Renato. A identificação das placas segue uma sequência alfabética, mas não muito rigorosa. Placas de séries mais antigas ainda ficam disponíveis por mais tempo devido à distribuição interna realizada pelo próprio Detran.

 

 

AUTOMÁTICO
Deixar o câmbio no neutro ou
no drive com o carro parado?

Telmo Juarez Sager
Rio de Janeiro


Tenho uma dúvida cruel: meu carro é um Toyota Corolla automático e tenho o hábito de quando parado em algum engarrafamento logo posicionar o câmbio em neutro. Dizem que tal posição prejudica o sistema e que o certo é deixar o pé no freio na posição D (drive). Há situações de ficar até mais de dois minutos parado e, no meu entender, fico forçando o freio desnecessariamente, além de cansar o pé. Já conversei com um mecânico aeronáutico e ele não vê diferença no que tange ao desgaste do sistema em deixar em neutro ou drive. O que você pode dizer a respeito?

Telmo, sua dúvida é a de muita gente. E quem dá a melhor dica é a própria fábrica de câmbios automáticos. A transmissão do Chevrolet Meriva, por exemplo, passa para N quando o carro para, mesmo que a alavanca esteja em D. O motorista acelera, o câmbio volta sozinho para D. A ideia é reduzir consumo de combustível.