Cada marca de pesados batiza seus modelos de um jeito diferente. A alemã Mercedes-Benz, por exemplo, identifica os chassis de ônibus por quatro números. Enquanto os dois primeiros algarismos guardam a capacidade de carga por tonelada, os outros dois apontam a potência do motor. Já a sueca Scania distingue o conteúdo dos atuais caminhões pelas letras P, G e R. Motoristas, caminhoneiros e profissionais do transporte, por outro lado, não perdem o bom humor ao dar outras alcunhas aos pesados que utilizam no cotidiano. São apelidos que fazem referência ao estilo ou desempenho dos modelos. Veículos elegeu alguns dos mais curiosos e conhecidos nomes.
CARA CHATA
No Brasil, o Mercedes-Benz L-321 (de 1958) foi o primeiro caminhão a vir com cabine avançada. Ou achatada, para os mais espirituosos.
JOÃO BOBO
Lançado nos primórdios da indústria automotiva nacional e ainda presente nas estradas, o robusto caminhão FNM vai e volta sem parar
JACARÉ
Toda Scania L 111 vinha na cor laranja. O capô longo e esguio como uma boca de jacaré ficou mais famoso que o próprio nome e a cor do caminhão.
BUNDA PRETA
Se os projetistas do Marcopolo III (de 1974) não tivessem lançado a traseira do modelo com a metade preta, talvez o ônibus rodoviário tivesse outra fama.
GOLFINHO
No horizonte de uma estrada, o teto ascendente da família de ônibus rodoviários Marcopolo Geração 7 surge como o amigável animal cetáceo entre as águas.
BOB ESPONJA
Quadrado, com furos nos faróis e nas setas dianteiras. Assim fica fácil associar o Volkswagen Constellation ao personagem de desenho animado em forma de esponja.
PAPO AMARELO
Na frota da Viação Cometa, o B-75, primeiro chassi produzido pela Scania no Brasil, foi encarroçado no modelo Rodoviário da Ciferal a partir de 1961. A faixa dourada que circundava as janelas do modelo rendeu o apelido.
SEU BONECO
De perfil, a dianteira do ônibus urbano Ciferal GLS é protuberante como a barriga do personagem de Lug de Paula no seriado de TV Escolinha do professor Raimundo.
TORPEDO
Como o Scania L 111, o Mercedes-Benz LP-312 (de 1956) tinha o motor alojado sob um longo e esguio capô. Igual a um torpedo, em voga naqueles anos de Guerra Fria.
