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Ar-condicionado de Mitsubishi ASX deixa a roupa dos ocupantes com odor de fuligem e combustível

Veículo foi quatro vezes à revenda Via Jap e problema não foi solucionado

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Sílvio conta que, durante o verão, sofreu por não poder usar o ar-condicionado

Desde que comprou um Mitsubishi ASX na concessionária Via Jap, o médico Sílvio Basques levou como “brinde” um grande problema. Sempre que usado, o ar-condicionado do veículo deixa um odor de fuligem e combustível na roupa dos ocupantes. E, como o olfato se “acostuma” com os cheiros, a ponto de não serem percebidos quando somos submetidos por algum tempo a eles, foi a mulher de Sílvio quem descobriu o problema. Ele chegou em casa e ela, de brincadeira, perguntou se ele estava trabalhando como motorista de veículo a diesel.

A certeza de que o problema está no ar-condicionado é o fato de o cheiro só infestar a roupa de Sílvio quando o sistema é usado. E o cheiro é tão forte que não precisa rodar horas para que ele se manifeste. Segundo o médico, bastam os três quilômetros que separam sua casa do consultório para ele ter que conviver com o odor durante todo o dia de trabalho. Além do desconforto de ficar com o cheiro impregnado na roupa, Sílvio conta que se preocupa com o tipo de gás que está respirando.

O proprietário levou o veículo à Via Jap, autorizada da Mitsubishi em Belo Horizonte, não por uma, mas por quatro vezes, e o problema não foi solucionado. “Na última vez o veículo ficou cinco dias na oficina, tempo em que eu fiquei privado do mesmo, sem qualquer resultado. Acredito que querem me vencer pelo cansaço”, afirma Sílvio. “Cada vez que reclamo, o carro fica três dias e eles dizem que foi feita a revisão completa do sistema e que várias pessoas andaram no carro e não sentiram nenhum cheiro diferente”, detalha.

TESTES

A concessionária Via Jap limitou-se a dizer que “depois de inúmeros testes, a falha mencionada pelo cliente não foi encontrada”. Segundo Carlos Alberto, gerente de pós-venda da Via Jap, foram realizados testes para detectar a infiltração de qualquer tipo de odor no habitáculo e no sistema de ar-condicionado. De acordo com o gerente, nada mais pode ser feito. Com essa resposta, Sílvio procurou o Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) da Mitsubishi Motors do Brasil.

O fabricante pediu que Sílvio levasse o carro à Mit Car , para que o problema fosse verificado com assistência da própria montadora. Flávio Leonardo Duarte, gerente de serviços da concessionária, explica que foram feitos testes no sistema de ar-condicionado. Eles checaram o nível do gás, se existe obstrução nos dutos de circulação e saída ou se algum agente externo estava causando o mau cheiro. Não foi detectado nenhum defeito. De acordo com Flávio, o serviço foi feito pela revenda com apoio técnico da Mitsubishi.

SEM SOLUÇÃO

Sílvio explica que o odor não é intenso a ponto de ser percebido no ar, mas fica impregnado na roupa. O efeito duradouro do ar-condicionado problemático chegou a deixar o carro com cheiro de velho. Para saber a opinião de outras pessoas, Sílvio encobriu as saídas de ar frontais com um pano e pediu para que cheirassem. “Todos dizem que o pano está com cheiro de carro velho”, afirma o proprietário do Mitsubishi ASX.

O médico ainda disse que ficou espantado com a dificuldade de se comunicar com os profissionais das concessionárias. “Eles ficam com o carro por uma semana e devolvem dizendo que trocaram o gás. Isso é uma grande perda de tempo, está claro que o problema não é esse”, conta o médico, que só se contenta com a troca do sistema de ar-condicionado.