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Yamaha - Irmãs de coração

Desprovida de roupa, a FZ6 N, inédita no Brasil, chega para fazer par com a FZ6 S, com semicarenagem. Os dois modelos são equipados com o mesmo conjunto mecânico

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A FZ6 N tem um só farol e exibe propositalmente motor e quadro

A Yamaha do Brasil resolveu comprar briga em novos segmentos de mercado. Está importando oficialmente, a partir deste mês, o inédito modelo FZ6 N (sem carenagem), para fazer par com o modelo FZ6 S, versão semicarenada. Esta última já freqüentou nossas ruas e estradas, quase secretamente, em doses homeopáticas. Ambas estão equipadas com o badalado motor de quatro cilindros em linha, herdado da superesportiva YZF R-6, mas retrabalhado, para apresentar maior torque e potência mais civilizada para suas características de uso.

As novas Yamaha vão disputar o mercado na mesma faixa da naked Honda Hornet 600, que também usa fórmula semelhante de propulsão, com motor amansado de quatro cilindros em linha da superesportiva CBR 600 RR. Vai concorrer ainda com a Suzuki Bandit 650, igualmente equipada com motor de quatro cilindros em linha. Uma briga interessante para esquentar o segmento. Para esse combate, a Yamaha apresenta como arma a linha FZ6, equipada com injeção eletrônica de combustível, ausente nas concorrentes.

A semicarenagem do modelo FZ6 S proporciona melhor aerodinâmica nas estradas. Painel mistura elementos analógicos e digitais


Coração
O motor das irmãs FZ6 N e S tem refrigeração líquida e desenvolve 98 cv a 12.000 rpm e torque de 6,44 kgfm a 10.000 rpm. O modelo N (naked) tem posição de pilotagem menos ortopédica, permitindo uma postura mais relaxada para encarar o trânsito das cidades. Para tanto, o guidão também vira mais, varrendo um ângulo de 70 graus. Já o modelo S (sport) tem semicarenagem com desenho semelhante ao da superesportiva R-6, proporcionando mais conforto nas estradas.

O modelo N exibe em detalhes o quadro, construído em alumínio fundido, com técnica metalúrgica batizada de Die Casting Technology, que praticamente elimina as costuras e soldas, apresentando um acabamento mais limpo e suave. Sua arquitetura é outro destaque. Abraça o motor por cima, fazendo dele parte de sua estrutura. Com essa providência, aumenta a rigidez e reduz o peso, melhorando a performance. O modelo S, por conta da semicarenagem, esconde parcialmente o quadro.

Olhos
O modelo N tem somente um grande farol facetado na dianteira, do tipo diamante, que confere visual agressivo, lembrando o estilo da italiana MV Agusta Brutale, um dos ícones do desing motociclístico mundial. Na versão S os faróis são duplos, tipo olhos puxados, como na irmã superesportiva, para melhorar a aerodinâmica. Em função dessa roupagem a mais, o peso a seco do modelo S é de 186 kg, contra 180 kg do N. Freios e suspensões, entretanto, são iguais.

Na dianteira, sistema de garfo telescópico, com 130 mm de curso. Na traseira, monoamortecedor, com mesmo curso. O freio dianteiro tem dois discos de 298 mm de diâmetro e o traseiro, disco simples de 245 mm. O câmbio tem seis marchas e as rodas são aro 17 polegadas, calçadas com pneus esportivos 120/70 na dianteira e 180/55 na traseira. O painel é completo e mistura elementos digitais e analógicos. A versão N chega por R$ 35 mil na cor preta, e a S, por R$ 37 mil, em azul.