A linha de motocicletas Suzuki vai sendo reforçada no Brasil com novos modelos para tentar reverter a expressiva perda de território para a concorrência. A artilharia mira em diversos segmentos, atacando simultaneamente vários campos de batalha. Depois de lançar a “popular” GS 120, o modelo misto cidade e campo V-Strom 650, agora com ABS, a estradeira Bandit 1250 versão carenada e a superesportiva GSX-R 750, a marca apresenta duas novas nakeds, ou peladas: Gladius 650 e GSR 750, já como modelos 2014. Mesmo conceito, mas tipos de motor diferentes. A Gladius 650 tem dois cilindros em V e a GSR, o tradicional quatro cilindros em linha.
A SVF 650 Gladius foi lançada em 2008 com pompa e circunstância na vitrine da famosa casa Dior em Paris. O glamour, porém, foi uma estratégia de marketing para badalar o modelo, que tem mesmo vocação para uso habitual, sem a sofisticação sugerida. Já o batismo foi inspirado nos gladiadores que combatiam no coliseu da Roma antiga, insinuando força e espírito guerreiro. O coração, entretanto, foi herdado. O motor, com arquitetura de dois cilindros em V inclinados a 90 graus e 645 cm³ de cilindrada, já andou batendo no modelo Cagiva Raptor 650, além das “primas” Suzuki SV e da própria V-Storm 650, “colega” de linha 2014.
MISTURA
O motor equipado com refrigeração líquida e injeção eletrônica de combustível desenvolve 72cv a 8.400rpm e torque de 6,53kgfm a 6.400rpm. As rodas em aros de liga leve têm 17 polegadas de diâmetro, conferindo mais agilidade às mudanças de direção. A suspensão dianteira é convencional não invertida com tubos de 41 milímetros de diâmetro. A suspensão traseira é do tipo mono. O freio dianteiro tem duplo disco de 290 milímetros e o traseiro disco simples de 240 milímetros. O sistema ABS é de série. O tanque comporta 14,5 litros e o painel mescla conta-giros analógico com tela digital em formato semelhante ao do modelo B-King.
O visual tem nítida inspiração em outros modelos italianos. O quadro em treliça, com os tubos trançados à mostra, assim como o tanque arredondado, lembram a Ducati Monster. Já o farolzão destacado na dianteira de formato ovalado parece com a MV Agusta Brutale. Uma mistura interessante e harmoniosa, completada por escape de saída baixa e alças para apoio do passageiro. O câmbio tem seis marchas e o peso em ordem de marcha é de 202kg. O preço sugerido é de R$ 26.990.
Coração
A outra pelada apresentada ao mercado nacional é a GSR 750. Equipada com motor de quatro cilindros em linha tem história parecida. O motor foi herdado da superesportiva GSX-R 750, que passou por uma reformulação em 2011, abrindo espaço para a nova utilização. O poderoso motor, contudo, foi “amansado” para poder equipar a mais pacata GSR 750, com pretensões menos esportivas e utilização diária. A potência máxima declarada chega a 106cv a 10.000rpm e o torque a 8,16kgfm a 9.000rpm, equipado com refrigeração líquida e injeção eletrônica de combustível. Os cacoetes esportivos, porém, permanecem na suspensão dianteira invertida, com possibilidade de ajustes na suspensão traseira do tipo mono, e as rodas são de liga leve com aros de 17 polegadas de diâmetro.
O quadro é convencional, em tubos de aço, com o motor reforçando parte da estrutura, enquanto os freios dianteiros contam com dois discos de 310 milímetros de diâmetro. O freio traseiro tem disco de 240 milímetros. Assim como na Gladius, o sistema ABS é de série. O visual é agressivo, com farol assimétrico fazendo conjunto com microcarenagem. O painel mistura elementos, com destaque para o conta-giros analógicos e os instrumentos digitais. A traseira tem suporte de placa dependurado, conforme as tendências de estilo mais atuais. O tanque comporta 17,5 litros, o peso em ordem de marcha é de 213kg e o banco fica a 815 milímetros do chão. O preço sugerido é de R$ 36.900.