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Suzuki GSX-R 750 - Sete galo sanduíche

Modelo 2008 ganhou eletrônica embarcada para ajudar na pilotagem, além de modernizações técnicas e visuais. O quadro é de alumínio

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Lançada em 1985, a linha superesportiva GSX-R, da nipônica Suzuki, cresceu e ganhou novos integrantes, como a caçula GSX-R 600 e a irmã maior GSX-R 1000. Essa multiplicação fez uma espécie de sanduíche na GSX-R 750, apelidada de 'Sete Galo', em razão de sua cilindrada intermediária. De um lado, as novas 600, cada vez mais potentes, e de outro, as novas 1000, mais leves e compactas. A outrora badalada 750 ficou imprensada entre as irmãs.

Mesmo assim, a Suzuki apostou no modelo, que foi sendo desenvolvido para ganhar respeito no mercado, pelas razões inversas ao processo sanduíche. O modelo tem praticamente a mesma agilidade da 600, mas performance próxima da 1000. A nova GSX-R 750 2008 vai chegar ao mercado mundial em fevereiro (ainda sem data no Brasil) e ganhou modernizações tanto no visual quanto na parte técnica, que incorporou também muita eletrônica embarcada.

Eletrônica
A presença cada vez maior da eletrônica embarcada vai facilitando a vida dos pilotos. A nova GSX-R 750 é equipada com o sistema Suzuki Drive Mode Selector (S-DMS), que permite ao condutor selecionar três tipos de mapas de motor, em uma tecla no punho do guidão, mesmo com a moto em movimento. O sistema regula a ignição, válvulas de escapamento e injeção eletrônica de combustível, para uma tocada mais agressiva e esportiva, normal ou mais suave, em situação de pista escorregadia, por exemplo.

A frente é nova, com tomadas de ar mais centrais


A nova GSX-R 750 também dispõe de novo amortecedor de direção, controlado eletronicamente, que aumenta ou diminui a firmeza do guidão, conforme a velocidade. Para melhorar a comodidade do piloto, a nova Sete Galo tem as pedaleiras reguláveis, tanto horizontal quanto verticalmente em três posições, em uma distância de até 41 mm. A distância entre-eixos é a mesma da irmã de 600 cm³ (1.400 mm), assim como a altura do banco até o chão, com apenas 810 mm.

Técnica
O peso a seco é de 165 kg, apenas 2 kg a mais que a irmã menor. Entretanto, os freios e o quadro são os mesmos. O quadro é de alumínio, com dupla trave, e permite a entrada de ar no motor, feita com tomadas abaixo do farol (no modelo anterior eram laterais), que funcionam como turbo em altas velocidades, pressurizando a mistura. Os freios são duplos na dianteira, com discos de 310 mm, mordidos por pinças radiais (Tokico) de quatro pistãos. Na traseira, um disco simples de 220 mm.

O motor é um quatro cilindros em linha, equipado com 16 válvulas e refrigeração líquida, que fornece 152 cv. A suspensão dianteira é invertida, com tubos de 41 mm de diâmetro e 120 mm de curso. A traseira é mono, com 130 mm de curso. Ambas reguláveis e da marca Showa. O câmbio tem seis marchas e o sistema de escapamento conservou o polêmico escape com saída baixa e curta (para rebaixar e centralizar as massas), mas ficou mais espesso, para atender as exigências ambientais.