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Scooter Aprilia RSV 850 - Maior de todos

Com motor de dois cilindros em V e 76cv de potência, modelo chega a velocidade final de mais de 200km/h e reúne características esportivas que lembram as superbikes

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A marca italiana Aprilia, atualmente sob o comando da conterrânea Piaggio, apresentou em 2007 um scooter conceito, batizado de GP 800, com características esportivas, típicas de uma motocicleta superesportiva, até então inéditas no mercado. Foi uma espécie de balão de ensaio, que ficou guardado até o início deste ano, quando lançou o modelo RSV 850. Um modelo que tem o visual e até o nome clonados da superbike da marca, a RSV4 1000, que venceu o Mundial da categoria em 2010. Uma ousadia materializada no scooter de série mais potente e mais rápido do mundo, com 76cv e velocidade final que ultrapassa os 200km/h. Para tanto, a marca abusou de recursos tecnológicos, que deixam o RSV 850 quase um misto de moto e scooter.

O motor tem a mesma base mecânica usada pela street Aprilia Mana 850 e pela maxi trail Dorsoduro 1200. Um dois cilindros em V inclinados em 90 graus, com 839,3cm³ de cilindrada, equipado com refrigeração líquida e injeção eletrônica, que fornece 76cv a 7.750rpm e um torque de 7,8kgfm a 6.000rpm. As coincidências não param por aí. A própria Mana, uma motocicleta de formas ousadas, usa câmbio automático, tipo CVT (continuamente variável), com possibilidade de sete posições prestabelecidas, para quem não abre mão de cambiar, e tem até porta-malas ou porta-capacete no lugar do falso tanque. Uma mistura entre moto e scooter, também adotada pela RSV 850. Uma tendência que vai sendo popularizada em nome da praticidade, adotada inclusive pela Honda, com o modelo scooter Integra 700, com mesmo conjunto mecânico da motocicleta NC 700S, que será lançada no Brasil.

ESPORTIVIDADE A RSV 850, porém, tem na esportividade o seu principal cartão de visitas. A praticidade da utilização no dia a dia também permanece, inclusive com o porta-malas sob o banco, mas se o piloto quiser acelerar, terá à sua disposição os requisitos competentes, impressos na herança do DNA esportivo da Aprilia. As rodas são de liga leve, com aro de 16 polegadas de diâmetro na dianteira e 15 na traseira. Medidas maiores que nos scooters tradicionais e que aproximam das motos superesportivas. A balança da suspensão traseira é em alumínio, com desenho desenvolvido nas pistas. Já a transmissão final, diferentemente dos outros scooters, é por reforçada corrente, como nas motos, embora o câmbio seja automático como nos scooters.



Outro cacoete esportivo é a carenagem. Clonada da superbike RSV4, tem grupo óptico com dois faróis laterais e um central, e até tomada de ar, como na prima feroz, além de setas nos retrovisores. A bolha ou para-brisa, diferentemente dos scooters clássicos, não é mais alta, para aumentar a proteção e conforto. É inclinada e menor, para permitir maior aerodinâmica e velocidade. O painel também segue essa linha. Tem tela digital, com computador de bordo, mas conta-giros em destaque e velocímetro com escala até os 220km/h. Além disso, como nas superesportivas, tem semiguidãos para pilotar, em vez do guidão inteiriço tradicional. Outra característica esportiva está nos escapes. A saída dupla tem ponteiras apontadas para cima e pode ser trocada, opcionalmente, por escapes ainda mais esportivos, Arrows, em titânio e fibra de carbono.

 

CONFORTO Apesar da esportividade explicitamente expressa, o soocter RSV 850, que inicialmente chega ao mercado europeu e depois para as outras praças (o Brasil não está nos planos imediatos da Aprilia), tem comodidades urbanas, como o freio de estacionamento (freio de mão), computador de bordo no painel, assento largo e confortável, inclusive para o garupa, e facilidade de pilotagem. Opcionalmente, também pode ser equipada com bauleto, para aumentar a capacidade de carga, especialmente nos centros urbanos, para-brisa fumê ou touring, mais largo a alto, sistema de navegação por GPS, alarme digital e até banco com recheio em gel, para maior conforto do freguês em longas jornadas, já que também encara estradas sem cerimônia, em ritmo igual ou até superior ao de motos com cilindrada semelhante.

A suspensão dianteira é do tipo telescópica, com tubos de 41mm de diâmetro e 122mm de curso. A suspensão traseira é do tipo mono, com amortecedor disposto horizontalmente na lateral (por falta de espaço), com possibilidade de regulagens. Já o quadro tem construção em tubos de aço. Os freios são compatíveis com a velocidade e esportividade do modelo. Na dianteira, dois discos ventilados de 300mm de diâmetro, que poderiam estar em motos esportivas de alto desempenho, com pinças Brembo de dois pistãos. Na traseira, um disco simples, mas com nada menos que 280mm de diâmetro. A altura do banco fica em 780mm, o que facilita o embarque e desembarque, constantes no dia a dia das grandes cidades. O tanque comporta 18,5 litros, proporcionando razoável autonomia. Já o peso a seco merece um regime radical e não passa dos 249kg.