A marca austríaca de motos KTM, especialista em modelos do tipo fora-de-estrada, quer mostrar que também sabe fazer motos para o asfalto, apresentando um credenciamento de peso, para desfazer as mais remotas dúvidas. São as motos da linha Super, composta pelos modelos Duke, Superenduro e Supermoto. A mais nova é a Supermoto 990, lançada em novembro de 2007, sucessora da Supermoto 950, que chega modernizada, mais potente, equipada com injeção eletrônica e muito apetite por distâncias.
O motor, batizado de LC8, foi aumentado de 950cm³ para 999,8 cm³ e tem dois cilindros em V, inclinados em 75 graus, equipado com refrigeração líquida, quatro válvulas por cilindro e injeção eletrônica, que fornece 115 cv a 9.000 rpm e torque de 9,7 kgfm a 7.000rpm. Apesar do aumento de cilindrada para quase 1.000 cm³, a KTM preferiu chamar o modelo de 990, por uma questão de estratégia e uma certa dose de esnobismo frente à concorrência, mostrando que não precisa de artifícios para confundir o público.
Compacto
Mesmo com praticamente 1.000 cm³, o propulsor continua bastante compacto e leve, na mesma linha das demais Super. É que a filosofia dos motores obedece aos conceitos do fora-de-estrada, onde peso e dimensões são minimizados ao máximo. Esses mesmos conceitos se mostraram bastante adequados, quando empregados nas versões do asfalto. A história começou há 14 anos, em 1994, com o lançamento dos motores LC4, para equipar a Duke 620, e evoluiu para os outros modelos.
A nova KTM 990 Supermoto também pode ser classificada como uma Fun Bike, ou moto divertida, já que foi concebida para proporcionar bastante agilidade, apesar do tamanho. Também um cacoete da filosofia do fora-de-estrada, mas perfeitamente adaptado ao asfalto, especialmente nas curvas. Para tanto, a Supermoto 990 conta com rodas de liga leve, aro 17 polegadas, próprias dos modelos esportivos ou supermotard, calçadas com pneus 120/70, na dianteira, e 180/55, na traseira.
Laranja
Para completar o pacote de agilidade, a distância entre-eixos é de 1.150 mm, considerada curta para uma motocicleta de seu porte. Já o banco, fica longe da baixa estatura dos modelos superesportivos. Está a 875 mm do chão, oferecendo algum desconforto para o pessoal de pernas curtas. Porém, para melhorar a comodidade em viagens, a KTM oferece a possibilidade de instalação de bolsas laterais e um painel completo, com tela de cristal líquido. Já a cor alaranjado-cheguei, tradicionalmente empregada em seus modelos, está presente na pintura ou em partes da decoração.
O quadro é em tubos de aço, com arquitetura em treliça e o motor fazendo parte da estrutura. A suspensão traseira é mono, White Power, com 210 mm de curso em balança de alumínio. Dispões de suspensão dianteira invertida, também White Power, com tubos de 48 mm e um curso de 200 mm. Os freios dianteiros têm duplo disco de 305 mm de diâmetro, com pinças Brembo de quatro pistãos. O freio traseiro tem disco de 240 mm e o câmbio, tem seis marchas, com escape de saída alta e tanque de 19 litros. A KTM ainda não definiu datas e preços para sua importação.