Apresentada ao mercado em setembro de 2002, a Kawasaki Z 1000, estilo naked (pelado), espantou o mundo com suas formas musculosas e um motor de quatro cilindros derivado da superesportiva ZX-9R. O modelo 2010, completamente reformulado, reforça esta imagem, com visual ainda mais agressivo, composto por linhas vincadas e angulosas, além de novo motor e quadro. O propulsor é completamente novo e saltou para 1.043cm³, ganhando potência e torque. Desta vez, o quadro é que foi herdado. Derivado da superesportiva Ninja ZX-10R, é construído em alumínio, com dupla trave, e apresenta 30% a mais de rigidez e três quilos a menos no peso.
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No Brasil, a Kawasaki já produz em Manaus, Amazonas, a caçula, Z 750, pela primeira vez fabricada fora do Japão, o que pode facilitar o desembarque da irmã maior, para compor a família Z. Uma motocicleta que impõe tanto respeito pelas volumosas formas, agora mais retilíneas, que pode ser chamada de supernaked. A classificação, porém, não é privilégio da nova Kawasaki Z 1000. Como um sapo, foi obrigada a dar seus pulos para não ser atropelada pela concorrência, que também está produzindo suas supernakeds. Para acompanhar os novos desenho e motor, também adotou outras modernizações.
Opcionais
O novo quadro de instrumentos é totalmente digital e pode ser regulado na altura, em três posições. Os freios também foram modernizados. Na dianteira, dois discos de 300mm de diâmetro, estilo margarida, com pinças radiais de quatro pistãos. Na traseira, um disco de 250mm de diâmetro. O sistema ABS será oferecido como opcional. Uma série de acessórios também compõe a lista de opcionais. Entre eles, para os mais exóticos, uma capa de banco com decoração tipo pele de cobra. O motor, com a tradicional arquitetura de quatro cilindros em linha, tem refrigeração líquida e injeção eletrônica, fornecendo 138cv a 9.600rpm.
O torque é de 11,2kgfm a 7.800rpm, que, em conjunto com uma relação de marchas mais curtas do câmbio de seis velocidades e transmissão final por corrente, permite arrancadas estilo dragster. Essa característica faz prever um comportamento mais urbano, dentro do badalado estilo streetfighter (guerreiro urbano), apesar das avantajadas dimensões, que limitam a desenvoltura no trânsito mais pesado. Para amenizar essa tendência, o banco, do tipo dois andares, fica a 805mm do chão. O garupa fica mais alto, no segundo andar. O tanque de combustível tem capacidade para apenas 15 litros, reafirmando a vocação mais citadina.
Tendência
Outra característica de estilo marcante da nova Kawasaki Z 1000 são os escapes. Seguindo uma tendência cada vez mais presente em todos os modelos, de centralizar e rebaixar as massas e o centro de gravidade, proporcionando melhor dirigibilidade, os escapamentos têm ponteiras baixas, curtas e grossas, como dois enormes megafones. Um de cada lado. O farol duplo tem novo conjunto e fica encaixado entre aletas laterais. Aletas também nas laterais do tanque, com piscas integrados. Na parte de baixo do motor, uma capa de proteção das saídas dos escapes, com formato de limpa-trilhos.
Na traseira, a rabeta esbelta tem farolete com lâmpadas do tipo LED, seguindo também outra tendência estilística de concentrar os volumes nas partes central e dianteira. As rodas são de liga leve, com aros de 17 polegadas. O pneu traseiro tem medida de 190mm, compondo o visual volumoso. A suspensão dianteira é invertida, com tubos de 41mm de diâmetro e 120mm de curso. A suspensão traseira é do tipo mono, com 136mm de curso. Ambas reguláveis. A suspensão traseira, como no modelo Kawasaki ER-6n, vendido no Brasil, foi deslocada para a lateral e disposta quase na horizontal, em função do novo quadro.