Para os amantes de velocidade sobre duas rodas, potência nunca é demais e peso nunca é de menos. É o que atesta a nova superesportiva artesanal da italiana Vyrus, batizada como 987 C3 4V, que chega como a top de linha da marca. O visual "alienígena" conta com suspensão dianteira ancorada em braços horizontais, como na igualmente exótica Bimota Tesi 3D. Mas, se o visual encontra paralelo entre as demais superesportivas, a parte mecânica extrapola em rendimento. Como é comum entre as marcas de motos artesanais, o motor é tomado de uma fabricante maior. No caso, o propulsor bicilíndrico em "L" é o mesmo da Ducati 1198, que pode vir em três especificações. O modelo básico chega com 172 cv de potência, encarregados de carregar apenas 162 kg, em uma relação peso/potência em que cada cv está encarregado de levar apenas 941 gramas. É de dar inveja em qualquer japonesa.
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Ainda mais na versão intermediária R. Nesta configuração, o motor gera 186 cv, com um peso ainda mais esquálido. São apenas 186 kg, uma relação que fica ainda mais extraordinária na top. Com a adição de um compressor volumétrico, que enche desde baixos regimes de giro, o propulsor vai aos píncaros: são 213 cv para anoréxicos 153 kg, peso de motocicletas média de "paz com a balança". A dieta "milagrosa" é explicada pelo uso extensivo de materiais leves e caros, como a fibra de carbono que pode ficar exposta sem acabamento na carroceria angulosa.
O desempenho prometido é igualmente impressionante: até a versão mais básica é capaz de ultrapassar os 300 km/h. Isso deixa para trás até mesmo a desejada Ducati Desmosedici RR, que sai no Brasil por R$ 179.200. Inclusive no preço, de US$ 69.500 na mais barata, o equivalente a R$ 129 mil. A R leva o patamar para US$ 79 mil, R$ 147 mil em valores convertidos. Uma pechincha se comparado aos US$ 112 mil pedidos pela comprimida, o que dá R$ 208 mil, o suficiente para comprar um Audi S3 no Brasil. Uma cifra que seria dobrada no Brasil.
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