Apresentada ao mundo em 2010, a Ducati Diavel 1200, também comercializada oficialmente no Brasil, montada em Manaus, chega à segunda geração com retoques no visual e modernizações técnicas. Porém, acelerou o calendário e saltou o ano, sendo apresentada, inicialmente na Europa, como modelo 2015. A ousadia da estratégia é uma característica da marca, que também teve o atrevimento de batizar o modelo com o nome Diavel, que no dialeto da região de Borgo Panigale, Bolonha, Norte da Itália, onde fica sua sede, significa diabo. Um nome para enfatizar as diabruras que é capaz de fazer no asfalto.
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O ousado nome aumenta a responsabilidade do modelo frente à freguesia. Nada tão estranho para quem também tem em sua linha a família Monster. Curiosamente, a Diavel 1200 disputa um segmento semelhante ao da Monster 1200, também recentemente modernizada com refrigeração líquida e que vai chegar ao Brasil oficialmente. Para tentar separar as duas, a marca classifica a Diavel como uma espécie de mistura entre modelos cruiser, naked e esportiva. Uma salada que o mercado encara como representante das muscle bikes, ou espécie de dragster urbano.
VERSÕES São duas: Standard e Carbon. Esta última com largo emprego desse material nobre e leve, que reduz o peso em 5kg, passando para 205kg, enquanto o modelo Standard acusa na balança 210kg. A decoração também sofre pequenas alterações. Toda a parte técnica, porém, é compartilhada entre as duas versões. Curiosamente, a nova motocicleta foi apresentada durante o Salão de Genebra, na Suíça, destinado aos automóveis, bem longe das motos. Uma estratégia que indica a “coincidência” de a tradicional marca italiana ter sido incorporada pela Audi, que pertence ao grupo Volkswagen.
No visual, que já nasceu agressivo, também uma das características da montadora, as mudanças foram no redesenhado conjunto óptico dianteiro, com farol equipado com LED, assim como o farolete, e um desenho que não é totalmente arredondado como na versão anterior, além de apresentar uma divisão interna. Além disso, a microcarenagem, que envolve o farol, também foi redesenhada. As peças que cobrem o grande radiador foram reprojetadas assim como as tomadas de ar. O banco ganhou nova configuração para melhorar o conforto e o condutor fica melhor encaixado.
MOTOR O propulsor conservou a tradicional configuração de dois cilindros inclinados a 90 graus, dispostos em L. Entretanto, agora é o Testastretta 11º DS (cabeçote curto), que também equipa o modelo Multistrada 1200. Com 1.198,4cm³ de cilindrada, tem duas velas e quatro válvulas por cilindro, refrigeração líquida e injeção eletrônica de combustível. A taxa de compressão foi levemente aumentada para suavizar a entrega de potência e torque, que, porém, não foram alterados. São 162cv a 9.250rpm e um torque de 13,3kgfm a 8.000rpm. O escape duplo é que ganhou modificações, com novas ponteiras com saídas chanfradas.
Para domar a cavalaria e torque, a Diavel conta com três possibilidades de mapeamento de motor, além de controle de tração. O modo Sport despeja 162cv. O modo touring também conta com 162cv, mas de maneira mais suave e progressiva. Já o modo Urban limita a potência em 100cv, além de um controle de tração mais atuante para as cidades, ou situações de baixa aderência. A Diavel também tem freios ABS de série, com dois discos de 320mm de diâmetro e pinças Brembo na dianteira e um de 265mm na traseira. A suspensão dianteira é Marzocchi, com tubos de 500mm e curso de 120mm. A suspensão traseira é mono, Sachs, com 120mm de curso. O quadro é em treliça, o tanque comporta 17 litros, o câmbio tem seis marchas e o pneu traseiro, a incrível largura de 240mm. O novo modelo ainda não tem data e preço para o Brasil.