Apesar de fabricar algumas das mais sofisticadas e luxuosas motocicletas do planeta, o carro-chefe de vendas da montadora alemã BMW em todo o mundo e também no Brasil é um modelo com vocação totalmente oposta, feito para rodar em qualquer estrada do planeta, sem exigir tratamento vip. É o R 1200 GS, que chega modernizado, principalmente na parte técnica e na eletrônica embarcada, além dos retoques no visual.
A história do modelo começou em 1980, com o R 80 GS, que foi sendo desenvolvido até 2004, quando foi apresentada a última versão, a R 1200 GS, equipada com o tradicional motor boxer, refrigerado a ar (e óleo), de dois cilindros, completamente modernizado e (a cilindrada, por exemplo, aumentou de 1.130 cm³ para os atuais 1.170 cm³) que acabou equipando também outros modelos da marca. Em novembro de 2007, foi apresentada a nova geração, com os últimos desenvolvimentos das versões R 1200 GS, que desembarcaram oficialmente no Brasil em fevereiro.
Eletrônico
O destaque é a adoção como opcional, pela primeira vez em uma moto com conotação fora-de-estrada, do complexo sistema de regulagem eletrônica das suspensões. O conjunto foi inicialmente desenvolvido pela BMW, para suas motos de asfalto, e batizado de Eletronic Suspension Adjustment (ESA). O dispositivo regula eletrohidraulicamente a pré-carga das molas das suspensões dianteira e traseira, conforme as exigências do piso, além de ajustar eletronicamente os amortecedores das suspensões dianteira (Telelever) e traseira (Paralever).
A combinação dessas regulagens possibilita ao piloto selecionar, por meio de um comando no guidão, a posição leve (só o piloto), média (piloto com bagagem) ou pesada (piloto, garupa e bagagem) quando for trafegar no asfalto. Além disso, em cada modo é possível escolher as regulagens esporte, normal ou conforto. Para pilotar no fora-de-estrada, o sistema oferece duas modalidades para ajuste da suspensão, combinadas com três opções de amortecimento, que se adaptam a cada tipo de terreno, com várias possibilidades. Para terrenos muito acidentados, por exemplo, a distância do solo aumenta em dois centímetros.
Mudanças
O motor tem a tradicional arquitetura boxer, quatro válvulas por cilindro, injeção eletrônica (com novo mapeamento eletrônico) e novos pistãos. A potência máxima aumentou de 100 cv (a 7.000rpm) para 105 cv (a 7.500 rpm). O torque é de 11,5 kgfm a 5.750 rpm. A caixa de marchas (de seis velocidades) também foi alterada, em função da potência mais elevada do motor, mas a transmissão é por eixo cardã. O guidão em alumínio também é novo e possibilita duas regulagens, para melhor adaptação em pilotagens no asfalto ou na terra. O tanque comporta 20 litros.
A suspensão dianteira tem 190 mm de curso, e a traseira, 200 mm. Os freios dianteiros são a disco, sendo dois (de 305 mm) na dianteira e um (de 265 mm) na traseira. O sistema ABS é opcional. O banco pode ser regulado em altura, entre 850 mm e 870 mm. No visual, as alterações não foram radicais, mas a aleta lateral do tanque ganhou revestimento metalizado, e o farolete traseiro, lâmpadas leds. Os faróis assimétricos continuam, assim como uma infinidade de acessórios e opcionais. O painel continua com computador de bordo, mas ganhou novas escalas. O peso a seco é de 229 kg. A nova R 1200 GS é vendida a partir de R$ 59,9 mil, podendo chegar a R$ 77,9 mil, dependendo dos opcionais. A versão Adventure, com tanque de 33 litros, faróis auxiliares e protetores de motor, tem preço a partir de R$ 83,9 mil. Informações: 0800 7073578.