A 34ª edição do Enduro da Independência, que terminou quarta-feira, testou os limites dos mais de 300 pilotos de todo o Brasil e motocicletas. Com o tema Grande Sertão Veredas, percorreu a região trilhada pelo escritor Guimarães Rosa, além de trechos da Serra do Espinhaço, em uma área castigada pela seca, mas com veredas e rios teimosos, em um surpreendente contraste.
A prova teve largada em Curvelo, dentro do complexo do Circuito dos Cristais, em direção a Cordisburgo, cidade natal de Guimarães Rosa. De lá, passou por Paraopeba, antes de retornar a Curvelo. A poeira aumentou a dificuldade dos pilotos, que seguiam médias de velocidade indicadas na planilha de bordo. No segundo dia os pilotos largaram da cidade de Monjolos e o grau de dificuldade deu um salto, com subidas de cavas cheias de pedras e degraus, além de travessia de rios.
No terceiro dia eles partiram da cidade de Presidente Juscelino e foi decisivo no resultado final.
O percurso, além de ser o mais difícil da prova, também foi um dos mais quentes. O calor e a sucessão de trilhas longas e repletas de pedras, como a batizada de “labirintite”, exigiram técnica, persistência e um equipamento resistente. A travessia do Rio Paraúna funcionou como uma espécie de oásis.
O quarto e último dia da prova teve largada e chegada em Curvelo, com trilhas mais rápidas, mas também com muito calor e poeira. O percurso foi mais curto, para que os pilotos retornassem para a entrega de medalhas e premiação, depois de cerca de 600 quilômetros de desafios em quatro dias. Antes, porém, foram uma das atrações do desfile de 7 de Setembro na cidade de Inimutaba, em comemoração à Independência e que também batiza o enduro.