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27º Enduro da Independência - O grande irmão

Com roteiro mais curto e técnico, a edição deste ano teve uma inovação tecnológica, com monitoramento por satélite dos 350 pilotos, vindos de diversos pontos do Brasil

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A piloto mineira Sabrina Katana foi a primeira no desafio da categoria feminina

O mais tradicional enduro de regularidade do Brasil, organizado pelo Trail Clube Minas Gerais, completou 27 anos se reinventando, com novidades tecnológicas e de formato. O percurso, com 636,2 quilômetros, ligou a cidade mineira de Poços de Caldas a Mogi das Cruzes, no interior de São Paulo, passando por Águas de Lindóia (SP) e Monte Verde (MG), entre os dias 2 e 5 de setembro. A prova reuniu 350 pilotos, vindos de diversas partes do Brasil, mais 150 pessoas na organização e cerca de 500 nos apoios, em um comboio de cerca de 1.000 pessoas. Uma caravana que lotou os hotéis, bares, restaurantes e postos por onde passou, movimentando a economia local. Porém, mais do que isso, movimentou o esporte.

A organização optou por mudar o percurso da prova, saindo do eixo da Estrada Real e privilegiando cidades, que, além do interesse histórico, dispunham de boa rede hoteleira, malha rodoviária e, principalmente, boas trilhas, facilitando a logística. A divisa do estado de Minas e São Paulo, com a exuberância da Serra da Mantiqueira, foi a escolhida, além da região de Mogi das Cruzes, ponto de passagem dos bandeirantes a caminho das Minas Gerais. Outra mudança foi a adoção do sistema de rastreamento por satélite (GPS) de cada piloto, que permaneceu monitorado e vigiado pela ?constelação? durante todo o percurso, por meio de um emissor duplo de sinais, aferindo com exatidão a performance em cada metro da prova.

Do espaço

[FOTO2]Assim, a organização pode estabelecer eletronicamente 204 postos de controle (PCs), pelo percurso, além de radares virtuais em trechos de cidade, para não haver abusos de velocidade. Tudo controlado do espaço. Com isso, a entrega dos resultados e elucidação de dúvidas pôde ser feita em tempo recorde, além de aumentar bastante o volume de trilhas do roteiro e o nível técnico da prova. O primeiro dia teve neutros em Andradas (MG) e Jacutinga (MG), com 160,2 quilômetros e muitas pedras, o que exigiu muito braço dos pilotos. No segundo dia foram 178,7 quilômetros, em um roteiro mais suave e neutros em Bueno Brandão (MG) e Camanducaia (MG).

O terceiro dia , com 172,9 quilômetros, foi debaixo de chuva e lama, exigindo bastante dos pilotos. O temporal gerou o cancelamento da parte final do roteiro, depois dos neutros de Igaratá e Santa Isabel, ambos em São Paulo. Porém, o cross teste de chegada na Fazenda ASW foi mantido. O quarto dia, em volta de Mogi das Cruzes (SP), foi mais curto, com 124,4 quilômetros e neutro em Guararema (SP), além de um teste especial de velocidade e habilidade na chegada festiva, para delírio da plateia.

Vencedores

Na categoria Master venceu o mineiro Dário Júlio, pela terceira vez consecutiva; na Master, Gian Gianino Coscarelli, de Minas; na Over 50, Altair Bordignon, do Rio Grande do Sul; na Over 40, José Alexandre Tommaso, do Rio de Janeiro; na Júnior, Rodrigo Barbosa Oliveira, de Minas; na Dupla Graduados, Aloísio Sfalsim e Cleberson Ovani, do Espírito Santo; na Feminina, Sabrina Katana, de Minas; na Novatos, Cláudio Ferreira Silva Júnior, de Minas; na Dupla Novatos, Iomar Razera e José Roberto Vani, do Rio Grande do Sul; e no Desafio das Federações o vencedor foi o estado do Rio de Janeiro.