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O segmento de SUVs cresce cada vez mais e a GM quer aumentar a participação com o Equinox

De olho no crescimento do segmento dos SUVs, a General Motors lançou no Brasil o modelo médio Equinox, que tem como atrativos o preço e o bom desempenho

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O segmento de SUVs cresce cada vez mais e a GM quer aumentar a participação com o Equinox
O segmento de SUVs cresce cada vez mais e a GM quer aumentar a participação com o Equinox Foto: O segmento de SUVs cresce cada vez mais e a GM quer aumentar a participação com o Equinox

O estilo do Equinox atrai, mesmo sem ousadias, e o interior tem acabamento com plásticos duros em excesso

 

A participação dos SUVs no mercado brasileiro subiu de 6,8% em 2012 para nada menos de 17,4% em 2017. Do alto desses números, nenhum fabricante pode deixar de atacar com mais e mais produtos. Foi exatamente o que a GM fez. Para defender sua liderança, fechou a lacuna existente entre o Tracker e Trailblazer ao decidir importar do México o médio Chevrolet Equinox em sua versão de topo, a Premier.

 

Esse segmento inclui mais de 15 competidores, desde os nacionais Jeep Compass (este o líder em vendas destacado), Hyundai ix35 e New Tucson e até modelos mais caros da Volvo e Land Rover. No entanto, a marca americana mirou na faixa central de preço médio ponderado por vendas, que representa 50% do mercado.

 

 

A primeira surpresa é justamente o preço único de R$ 149.900. Substitui com vantagem o descontinuado Captiva por oferecer nível de equipamentos bem superior. Mesmo isento de imposto de importação, seu preço parece subsidiado pelo fabricante. Para se ter ideia, o mesmo modelo, com todos os opcionais, é vendido nos EUA por cerca de R$ 120 mil (em conversão direta). Com a carga fiscal muito maior no Brasil, preço sugerido deveria superar R$ 160 mil.


Seu estilo atrai, mesmo sem ousadias. A cabine tem acabamento similar ao do Cruze, com o qual partilha arquitetura. Por isso, à exceção dos bancos revestidos em couro mais requintados, há plásticos duros em excesso, porém a “pobreza” para por aí. Oferece teto solar panorâmico com abertura até o banco de trás, controle de ruído via de cancelamento por ondas sonoras, duas memórias de regulagem elétrica do banco do motorista, vedação tripla das portas, central multimídia de oito polegadas com Android Auto e Apple CarPlay, além de carregamento de celulares (compatíveis) por indução. Tampa do porta-malas pode ser aberta ao passar o pé por baixo do para-choque.


Apresenta bom pacote de itens de segurança. Além de seis airbags e assistência de frenagem de emergência, há alertas de colisão frontal, ponto cego, esquecimento de pessoas ou objetos no banco traseiro e de tráfego transversal ao dar ré. Interessante é o assoalho traseiro plano, apesar de vir com tração integral. Este sistema acionado por botão pode variar de 0 a 100% a distribuição de torque não só entre os eixos, como também entre os lados direito e esquerdo.


Motor 2.0 litros, turbo, com injeção direta de gasolina, entrega 262cv, 37kgfm e se integra de forma perfeita a um câmbio automático de nove marchas do tipo de dupla embreagem (primeiro desse tipo fabricado pela GM). Esse conjunto permite acelerar de 0 a 100km/h em 7,6s, mais rápido que a maioria dos concorrentes. A potência flui de forma contínua, com troca de marchas pouco perceptíveis. A 120km/h o motor quase sussurra a apenas 1.600rpm. Por isso, o ótimo consumo anunciado de 10,1km/l na estrada e 8,4km/l na cidade.


Direção e suspensões muito bem calibradas conseguem lidar bem com 1.693kg de massa total e 4,65m de comprimento. O Equinox, apesar de altura típica de um SUV, tem dirigibilidade próxima a de um automóvel. Pena o freio de estacionamento elétrico não ter acionamento automático nas paradas.

RODA VIVA

APESAR de nova rodada de pressões das concessionárias Fiat para lançamento de um SUV de maior porte com base na picape Toro, está difícil a marca italiana ceder. Alega que no Grupo FCA cabe à Jeep os utilitários-esportivos e não haveria razão para dividir mercado com o Compass. Na Itália, porém, Jeep Renegade e Fiat 500 X saem da mesma linha de montagem.


DURANTE Fórum Brasil-Alemanha de Mobilidade Elétrica, semana passada em São Paulo, afloraram novas dificuldades para implantação no país: custo alto das estações de recarga rápida (R$ 200 mil), legislação para permitir “varejo” de abastecimento em eletropostos, falta de padronização dos plugues de recarga e transição para veículos elétricos lenta demais.


DESTAQUE para o motor Booster Jet do Suzuki Vitara e sua integração com câmbio automático tradicional de seis marchas. Trata-se de um 1.4 turbo de 146cv e 23,5kgfm, que assegura grande agilidade ao garantir relação peso/potência de 8kg/cv. Pareamento de telefones via wi-fi é muito prático, sem fios para atrapalhar e ótima tela multimídia central de 10 polegadas.


PRIMEIRO Congresso Brasileiro do Mecânico, organizado pela Infini Mídia (revistas O Mecânico e Carro), em São Paulo, mostrou público-alvo bastante interessado em novas tecnologias e de se aproximar do corpo técnico dos fabricantes de autopeças. Palestrantes abordaram todo o setor e houve até “desentendimentos” em certos aspectos mais polêmicos.


INAUGURADO em São Paulo o Museu da Imprensa Automobilística (Miau), de responsabilidade do jornalista Marcos Rozen. Ambiente aconchegante e de muito cuidado com detalhes, inclusive cafeteria temática, promove verdadeira viagem no tempo sobre a história do setor pelo lado da comunicação especializada. Entrada a R$ 15, por tempo limitado. Contato: miau.museu@gmail.com.

fernando@calmon.jor.br e www.facebook.com/fernando.calmon2