CVT pode ser traduzido por transmissão continuamente variável. Enquanto o câmbio convencional tem o número de relações de transmissão definidas ? atualmente, a maioria dos carros tem cinco, alguns têm seis e uns poucos, sete ?, no CVT, o número é infinito. O motor está sempre com a relação ideal, conforme a necessidade do momento.
O funcionamento é simples: duas polias cônicas, compostas por duas metades, são ligadas por uma cinta metálica, feita de material de alta resistência, geralmente kevlar. O afastamento dessas polias é que determina as infinitas relações de transmissão (ver ilustração).
As polias se afastam e se aproximam a todo instante, e a posição da cinta varia do centro à extremidade de cada polia. Quando uma está no centro, a outra se encontra na extremidade. É esse movimento que determina a melhor relação a cada momento, conforme pressão exercida no acelerador. As trocas de marchas são feitas automaticamente. O CVT é automático. Ao acelerar e aumentar a velocidade, um sistema centrífugo afasta e aproxima as polias ao mesmo tempo. Por isso, a relação de transmissão muda a todo instante, e está sempre de acordo com a melhor situação, em um determinado momento.
As trocas de marchas são feitas de maneira bastante suave e não há os trancos de engates, tão comuns em câmbios tradicionais. Evita também que o veículo trafegue com marcha errada. O sistema é bem mais simples do que o dos hidráulicos, das transmissões automáticas convencionais. Surgiu pela primeira vez nos anos de 1950, com o câmbio concebido pelo holandês Van Doorne, para equipar carros pequenos da DAF. A pouca resistência da cinta limitou a aplicação do câmbio CVT em motores de maior cilindrada até pouco tempo. O seu uso deve-se disseminar pela praticidade, baixo custo e, agora, poder equipar motores de maior cilindrada, a exemplo desse Nissan, com cinta de alta resistência.