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Ford Focus GLX 1.6 flex - De bom tamanho

Hatch médio entra na era flex, com o motor Sigma 1.6 de alumínio, e desempenho com álcool agrada. Leia o teste e saiba por que o carro continua sendo o melhor da categoria

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Foto:

A qualidade do Ford Focus não se reflete nas vendas, talvez porque o fabricante não investe no modelo como deveria. O carro tem preço coerente com os equipamentos e custo baixo de manutenção. A Ford afirma que este é o ano do Focus. Desde a primeira geração, lançada na Europa em 1998, o carro arrebata prêmios, vence comparativos e figurou na lista dos 10 melhores carros do mundo durante quatro anos nos EUA. Além da qualidade de construção e da harmonia do conjunto, o segredo do Focus é a sofisticada suspensão traseira multilink, que proporciona estabilidade excepcional em todas as situações e conforto acima da média mesmo em piso irregular. Nessa situação, as imperfeições são transferidas para o habitáculo em níveis aceitáveis. Basta rodar em calçamento para perceber a diferença em relação aos concorrentes.

Maior


O Focus atual cresceu em comprimento, largura e altura em relação à primeira geração, mantendo as qualidades e ampliando espaço interno. A ergonomia continua em alta e a visibilidade traseira, ruim. Incomoda na geração atual o estepe de emergência, que exige reparo imediato do pneu furado, pois compromete a dirigibilidade. O acabamento interno é bom, com material emborrachado no painel central e bancos do tipo poltrona, que apoiam bem as pernas. Os arremates são benfeitos e não há rebarbas. Os painéis de porta destoam um pouco do conjunto interno. As maçanetas internas na cor preta aparentam desleixo.

O estilo não mudou em relação ao GLX 2.0, a principal diferença está sob o capô



Entrada A versão testada é a GLX completa, incluindo ABS, com o novo motor Sigma 1.6 flex. Foi suprimida a importante regulagem elétrica de altura de facho de faróis, substituída pelo desprezível reostato de luminosidade do quadro de instrumentos. A regulagem equipa a versão GLX 2.0, que será flex em abril.
 

Motor

O Sigma 1.6 flex, que equipará outros Fords, é construído em alumínio (cabeçote, bloco, cárter e pistãos). Todos os motores Ford usam corrente em vez da correia dentada, a exceção agora é o Sigma. A durabilidade da correia é de 140 mil quilômetros, segundo a Ford. O motor tem funcionamento menos suave do que alardeia o fabricante e 80% do torque está disponível a partir de 1.500rpm. O desempenho com gasolina é razoável e com álcool convence. Com ar-condicionado ligado e cinco ocupantes, perde um pouco o brilho, mas, acelerando-se mais, o motor empurra bem o carro. Os amantes do desempenho devem optar pelo motor 2.0.

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O peso da versão com motor 1.6 é de 50kg a menos do que a com motor 2.0. Com o combustível derivado da cana, o torque é de quase 1kgfm a mais, o que é bastante significativo. As relações de transmissão até a terceira marcha são mais curtas, o que eleva as rotações mais rapidamente e a quarta e a quinta, mais longas, diminuem consumo. Os engates do câmbio são precisos, exceto o da marcha a ré. O computador de bordo registrou médias de 6,5km/l a 8km/l na cidade e de 11,5km/l a 13km/l na estrada com gasolina. Com álcool, o consumo na cidade variou de 5,4km/l a 6,7km/l.

O Focus é, sem favor algum, o melhor carro médio à venda no mercado nacional, exceção para os modelos de grife. Muito confortável e com incrível dirigibilidade.

 

Veja ficha técnica do Ford Focus.