De São Paulo - No ano passado, a BMW fez uma ação inédita na história da marca no Brasil: apresentou aos jornalistas brasileiros o compacto X1 antes de o modelo ser mostrado em casa, ou seja, no Salão de Frankfurt. O carro é o irmão caçula da família X, que tem como integrantes X3, X5 e X6, e não é definido pela marca alemã como um utilitário-esportivo ou crossover. Na concepção da BMW, o X1 pertence ao segmento dos Sport Activity Vehicle (SAV), criado por ela para identificar os irmãos. O modelo chega primeiro na versão xDrive28i, equipada com motor de 216cv, tração integral e câmbio automático de seis velocidades, que custa R$ 174.900. A opção sDrive18i, que custa R$ 119 mil e tem propulsor de quatro cilindros (de 152cv), tração traseira e duas opções de transmissão (manual ou automática), ambas de seis velocidades, chega em junho.
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Por fora, o X1 tem quase a mesma cara dos irmãos mais velhos, com estilo bem esportivo e moderno. Na frente, chama a atenção os fortes vincos do capô, os faróis espichados e a peça plástica no para-choque, que ajuda a reforçar a imagem de robustez. De perfil, destacam-se a pouca altura do solo (em relação aos utilitários-esportivos de outras marcas), as saias em material plástico (também imitando metal), a linha de cintura ascendente e as bonitas rodas de liga, com desenho vazado. Outro fator do X1 que não deixa dúvidas que a traseira incorpora é um elemento de identificação com os outros BMW: o recorte da lanterna. De acordo com a BMW, para melhorar a rigidez, a proteção do habitáculo e a acústica, o X1 usa 11 tipos de materiais na carroceria.
Por dentro
O interior do X1 segue o mesmo padrão dos outros modelos da família X, com painel em duas cores e volante de três raios, que incorpora comandos do som, do controle de velocidade e do sistema de navegação, que será oferecido nessa versão mais sofisticada. O carro foi projetado para oferecer flexibilidade, ou seja, a ideia é aproveitar todos os espaços. O banco traseiro, por exemplo, rebate-se em 40%/20%/40%, e pode ser ajustado em várias posições, para melhor aproveitar o espaço do porta-malas, cuja capacidade pode variar de 420 a 1.350 litros. O pacote de segurança é bem completo e inclui, além de oito airbgas e freios ABS de última geração, luz de freio que varia de acordo com a força de frenagem e controle de tração, que atua de forma independente em cada roda. A eletrônica comanda quase todos os sistemas do X1, que tem 37 módulos.
O motor 3.0 tem o já consagrado sistema Valvetronic da BMW, com válvulas de admissão de curso variável, e desenvolve 261cv, que proporciona ao modelo chegar aos 205km/h de velocidade máxima. Se o consumidor quiser mais, ele pode optar por um "veneno" extra na parte eletrônica, que permite que o carro alcance 230km/h de máxima. A caixa é automática, de seis velocidades, com trocas bastante suaves.
Só asfalto, e pouco
Infelizmente, a BMW não fez um lançamento à altura do X1. Os jornalistas puderam dar apenas duas voltas no autódromo de Interlagos, o que serviu para perceber que o carro tem um ótimo comportamento esportivo no asfalto, com excelente estabilidade, devido ao baixo centro de gravidade, suspensão (eixo traseiro com cinco braços) e a ação eficiente do controle de tração. Mas faltou um pouco de terra para que pudéssemos constatar como o carro, que não é um SUV mas um SAV (como afirma a marca alemã), se sai nas pequenas aventuras que, com certeza, o proprietário de um modelo como esse vai querer encarar. Uma pena!
(*) Jornalista viajou a convite da BMW do Brasil.