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Avaliação técnica do Honda City EXL 1.5 16V Flex

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Foto:

Motor 1.5 flex confere bom desempenho ao sedã

Bom

Climatização

Existem quatro difusores de ar na parte frontal do painel, que apresentaram boa vazão e angulação. Não tem opção de regulagem diferenciada de temperatura para condutor e passageiro, nem difusor de ar específico (instalado no final do console central) para os passageiros de trás. O nível de ruídos de funcionamento é satisfatório e o sistema está bem vedado.

Freios

Estão bem dimensionados e calibrados, com ABS eficiente. O pedal de freio tem boa sensibilidade e relação. O sistema apresentou reações balanceadas nos dois eixos, mesmo numa utilização severa, com o veículo em alta velocidade. A desaceleração é boa, sendo mantida a trajetória imposta. O espaço percorrido até a imobilização foi coerente com a velocidade. O freio de estacionamento atuou normalmente.

Câmbio

As relações de marchas/ diferencial atendem razoavelmente a dinâmica do automóvel no uso urbano e em rodovias, em função da curva do motor e massa do veículo. A qualidade de engate é ótima em precisão e maciez. O curso da alavanca é bom, assim como o posicionamento no túnel central e a pega no pomo. O trambulador tem nível de ruídos aceitável.

Motor

Em função da cilindrada (1.5) e peso do veículo (1.140kg), a performance do motor satisfaz bem em dirigibilidade no uso misto. Embora tenha cabeçote multiválvulas e torque máximo a 4.800rpm, a utilização em baixo regime de rotação é razoável. No transito urbano, tem uma boa agilidade e, em rodovias, é rápido na medida certa. Não há diferença de rendimento quando se usa somente álcool ou gasolina. O sistema flex funcionou bem. Com ar-condicionado ligado e carga máxima, o veículo perde bem na dinâmica, mas está em nível aceitável.

Vedação

Boa contra água e poeira.

Direção

A velocidade do efeito/retorno agrada e o diâmetro de giro atende bem em manobras de estacionamento e em garagens. A assistência é elétrica, com cargas bem definidas para o uso urbano e em rodovias. A precisão na reta e em curvas é boa. O conjunto tem reações homogêneas, com boa sensibilidade e rapidez de resposta.

Limpador do para-brisa

A área de varredura das
palhetas no para-brisa é satisfatória, assim como a sua qualidade. Ao
esguichar dois jatos duplos de água no para-brisa, o sistema de limpeza
entra em funcionamento automático. É fácil a reposição de água no
reservatório, instalado dentro do vão do motor. Não tem sensor de
chuva.

Regular

Acabamento da carroceria

A qualidade final da pintura é boa. Não tem frisos protetores nas portas. A porta dianteira esquerda está desnivelada, mas as outras têm montagem aceitável, assim como o capô. A tampa do porta-malas está descentralizada. Os faróis, lanternas, pára-choques, grade dianteira, pestanas e guarnições das portas, acabamentos plásticos e retrovisores externos têm boa montagem.

Vão do motor

Embora tenha isolantes acústicos em parte do capô e do painel de fogo, o resultado do isolamento acústico é ruim, pois é alta a transferência do ruído de funcionamento do motor em médias e altas rotações para dentro do habitáculo. O acesso à manutenção em geral é satisfatório. Os itens de verificação permanente têm fácil identificação dentro do vão do motor.

Altura do solo

Tem chapa em aço ventilada para proteger o cárter do motor e caixa de marchas, e placa plástica para as laterais inferiores do motopropulsor. Em saídas de garagem com desnível, raspa levemente a proteção inferior e, numa utilização normal, não ocorreram interferências significativas com o solo.

Nível interno de ruídos

Ao trafegar sobre piso de paralelepípedo, terra e asfalto ruim surgem vários pequenos ruídos no habitáculo. O efeito aerodinâmico é contido até 110km/h, quando fica mais evidente acima disso.

Suspensão

A estabilidade é boa, para uma utilização normal do automóvel. Em curvas de raio curto e médio (2ª e 3ª marchas), feitas no limite da aderência lateral, tende a sair de frente e ao retirar o pé do acelerador a traseira se manifesta alargando a curva, porém ambas as situações têm fácil controle. Nas de raio longo, feitas em alta velocidade (4ª e 5ª marcha), apresentou precisão razoável. Em ambas as condições, a inclinação da carroceria é moderada. O conforto de marcha deveria ser melhor para um sedã com esta motorização, pois é alta a transferência das imperfeições do solo para dentro, trazendo desconforto já com somente condutor, piorando ainda mais quando carregado. Os pneus da série 55, aro 16 também não auxiliam no conforto.

Iluminação

Não tem sensor crepuscular. O quadro de instrumentos e console central têm iluminação permanente. Os faróis, com refletor único, apresentaram eficiência normal no baixo e no alto e têm auxílio de faróis de neblina. Não tem regulagem elétrica de altura em função da carga transportada, e existe luz de cortesia somente no porta-malas. No teto, tem duplo spot fixo junto ao retrovisor e uma lanterna na zona central, com resultado aceitável em iluminação.

Estepe/macaco

Os pneus de uso (185/55 R16 83V) são aro 16, com índice V de velocidade e 83 de carga, sendo o estepe (175/65 R15 84T) totalmente diferente, em características técnicas e dinâmicas. Ao utilizar o estepe numa rodovia, o automóvel terá o comportamento dinâmico bastante alterado, e a solução adotada pela Honda não é prática no Brasil. O estepe está instalado dentro do porta-malas no assoalho. São quatro prisioneiros fixos por cubo, para um melhor apoio e centragem da roda, muito úteis numa troca noturna. A operação de troca é normal.

Alarme

A chave de ignição é codificada e tem proteção perimétrica das partes móveis contra abertura forçada das portas, capô e tampa do porta-malas, mas não tem a volumétrica, contra invasão do habitáculo pela quebra dos vidros para esta versão topo (EXL). A porta do condutor tem sistema de abertura/fechamento por meio de um toque com antiesmagamento.

Extra

Volume do porta-malas

O declarado pela fábrica é de 500 litros, o mesmo encontrado na nossa medição.

(*) Avaliações do engenheiro Daniel Ribeiro Filho, da Tecnodan.