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A picape em detalhes - Avaliação técnica

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Foto:

Análise feita pela fisioterapeuta Danielle Pongellupe

BOM

Altura do solo
Não tem, de série, proteção inferior em aço para o cárter, caixa de marchas e conjunto da suspensão. Não ocorreram interferências com o solo.

Climatização
O sistema apresentou bom funcionamento, com boa vazão e angulação pelos difusores de ar do painel. A caixa de ar está bem vedada. O tempo gasto para dar a sensação de conforto foi muito bom, favorecido pela pequena área interna do habitáculo.

Freios
O pedal tem boa sensibilidade, num sistema sem ABS nem no eixo traseiro. O freio de estacionamento é por comando a pedal e atuou bem. Em frenagem, com maior carga aplicada sobre o pedal, ocorre o bloqueio das rodas, mas sem alterar a trajetória, principalmente sobre piso molhado. Apresentou boa resistência térmica, após uso contínuo em longa descida sinuosa.

Câmbio
As relações de marchas/diferencial atendem bem o uso misto (cidade/estrada). A qualidade de engate é boa em precisão, para o tipo de veículo. Também são bons o curso da alavanca e a pega no pomo.

Motor
O rendimento do propulsor favorece a boa dirigibilidade, seja no uso urbano ou em rodovias, e satisfaz bem para a cilindrada do motor. Mostrou boas retomadas de velocidade e aceleração, mas não tem opção flex. O nível de ruídos de funcionamento é baixo.

Vedação
Boa contra água.

REGULAR

Estepe fica debaixo da caçamba. Já o espaço atrás do banco é limitado


Vão do motor
O acesso à manutenção é bom, e a sistematização dos vários componentes, razoável. Só existe isolamento acústico na parte interna do capô, sendo o resultado aceitável. O acabamento plástico, que engloba a cobertura posterior do grupo óptico dianteiro e a grade dianteira, apresenta baixa qualidade.

Nível interno de ruídos
Mesmo quando trafega sobre piso de paralelepípedos, asfalto ruim e terra, o nível de ruídos no habitáculo é muito baixo. Mas o efeito aerodinâmico se inicia a 90 km/h, sendo crescente com a velocidade.

Iluminação
Tem luz de cortesia somente no porta-luvas e no vão do motor. Na zona do teto, há uma lanterna com iluminação satisfatória, para pequena área interna do habitáculo. Com parábola simples, o grupo óptico dianteiro apresentou eficiência normal, no alto e no baixo, mas peca por não ter regulagem elétrica de altura, muito importante em veículo de carga.

Limpador de pára-brisa
A área de varredura é ampla, assim como a qualidade (vazão e abertura) dos jatos dos esguichos. A palheta do lado esquerdo apresentou alto nível de ruído e trepidação, no fim do curso superior, e a do lado direito, ao ser levantada, interfere com a antena do rádio. O reservatório d’água, instalado no vão do motor, tem fácil identificação e acesso.

Alarme
Tem somente chave de ignição codificada, com sistema Ford Pats.

RUIM

Acabamento da carroceria
Falta tela protetora na área vazada do pára-choque dianteiro, para proteger o condensador do ar-condicionado. São somente quatro ganchos para fixar as cargas na caçamba. A tampa traseira está descentralizada, e o tirante direito de sustentação, quando ela é aberta, fica maior do que o do outro lado. Apresenta pontos de ferrugem nos tirantes e em uma arruela de fixação da caçamba no chassi. As portas estão desniveladas, mas o capô tem montagem satisfatória. A pintura contém vários pontos de impurezas.

Suspensão
O conforto de marcha é muito limitado, com apenas o condutor, e deixa a desejar. Com o veículo carregado, o conforto melhora. A estabilidade é ruim, devido a forte alteração da trajetória no eixo traseiro em curvas, com algumas imperfeições no piso. Em velocidade mais elevada, deve-se ter atenção ao comportamento dinâmico em curvas, de raio curto e médio.

Direção
O curso em altura da coluna de direção é ótimo, com o diâmetro de giro limitado, em manobras apertadas de garagem e estacionamento, sendo aceitável a velocidade do efeito retorno. A precisão em reta e curvas não é boa, sendo prejudicada pelas suspensões. Também é ruim a definição das cargas do sistema assistido, para uso em rodovias (terra batida e asfalto), com o veículo carregado e em velocidade elevada, quando se torna muito leve e sensível.

Estepe/macaco
O estepe, que tem roda e pneu iguais aos de uso, está instalado sob o vão de carga, em suporte basculável (ruim de operar numa troca noturna), junto ao pára-choque traseiro. A operação de troca não é simples, nem limpa. Os pontos de apoio do macaco são no chassi, em locais pré-estabelecidos. O kit de troca está instalado atrás do encosto do banco do passageiro. Não tem (de fábrica) proteção antifurto no conjunto roda/pneu. Os cubos de roda têm sistema de prisioneiros fixos, o que ajuda bastante no apoio e centragem no estepe, que não é leve.

Ferramentas
Não tem.

(*) Avaliações do engenheiro Daniel Ribeiro Filho.